1804 – Nasce a escritora George Sand

A afirmação de que «o génio não tem sexo» é atribuída a George Sand, pseudónimo de Amantine-Aurore-Lucile Dupin, escritora, jornalista e activista política francesa que usou o nome masculino para se impor num universo machista. Nascida no seio da grande burguesia culta, Dupin cedo se distingue pela sua liberdade de espírito, independência e forte personalidade. Casa em 1822 com o barão Casimir Dudevant, com quem tem dois filhos. A união não dura. Em 1830 Amantine começa a colaborar com o jornal Le Figaro, assinando como J.Sand. Dois anos depois escreve Indiana, sob o pseudónimo George Sand. A obra tem um enorme sucesso. Confrontando os padrões sociais vigentes, Amantine fuma em público, usa calças e mantém relações por muitos consideradas escandalosas. Em 1838 conhece Frédéric Chopin, com quem vive vários anos. Entre 1840 e 1849 escreve os seus romances campestres, como Le Meunier d’Angibault (1845), La Mare au Diable (1845), La Petite Fadette (1849). Reconhecida como uma grande romancista do século XIX, a par de Balzac, Hugo ou Dumas, George Sand não fica alheia à vida política, batalhando pela igualdade de direitos da mulher e pela justiça social. Deixou 60 livros, 25 peças de teatro, duas autobiografias, milhares de cartas. Morre em Nohant, com 72 anos.