1200 – Fundação da Universidade de Paris

A Uni­ver­si­dade de Paris, a ter­ceira mais an­tiga da Eu­ropa, nasce de um di­ploma do rei Fi­lipe II e in­tegra-se no mo­vi­mento co­nhe­cido por «bela Idade Média». A pa­lavra uni­ver­si­dade de­signa uma as­so­ci­ação de mes­tres e es­tu­dantes, e foi usada pela pri­meira vez em 1088, em Bo­lonha, ci­dade que abriga a pri­meira uni­ver­si­dade eu­ro­peia. Ao ins­ti­tu­ci­o­na­lizar a di­ver­si­fi­cação das es­colas exis­tentes desde o séc. XI, Fi­lipe II abre ca­minho à se­cu­la­ri­zação do en­sino. No início as es­colas eram es­sen­ci­al­mente re­li­gi­osas, cri­adas pri­meiro nos mos­teiros e de­pois ao nível pa­ro­quial e epis­copal. O di­ploma real ou­torga à uni­ver­si­dade vá­rios pri­vi­lé­gios, como o «foro ecle­siás­tico», que per­mite que os seus mem­bros só possam ser jul­gados por um tri­bunal ecle­siás­tico, isenção de im­postos e de en­cargos mi­li­tares, e a ex­co­mu­nhão para quem agredir os seus mem­bros. Nos fi­nais do séc. XII, face ao au­mento do nú­mero de es­tu­dantes, surgem as es­colas «pri­vadas», tipo cor­po­ração pro­fis­si­onal, sob a de­sig­nação de uni­ver­sitas ma­gis­trorum et Scho­la­rium Pa­ri­si­ensis, co­mu­ni­dade de mes­tres e es­tu­dantes de Paris. In­gla­terra, que tem em Ox­ford a se­gunda uni­ver­si­dade eu­ro­peia, teme perder re­le­vância e or­dena o re­gresso a casa dos es­tu­dantes in­gleses em Paris. Co­meça a ri­va­li­dade entre as uni­ver­si­dades, que per­dura.