Apostar na produção valorizar o trabalho

Com potencialidades para crescerem e contribuírem para o desenvolvimento económico, com trabalhadores a necessitarem de ser valorizados, a Lisnave e o Arsenal do Alfeite mereceram visitas de Paulo Raimundo no final da semana passada.

O País não está em condições de prescindir desta qualidade

Na sexta-feira, 27, o Secretário-geral do PCP esteve no Arsenal do Alfeite, em Almada, uma unidade estratégica na promoção da produção nacional. Primeiro, reuniu com a administração. Depois, contactou com os trabalhadores num périplo pelas oficinas, e no final sublinhou a necessidade de «vontade política, investimento em meios materiais e humanos», para concretizar «projectos» que ali residem.

No que toca aos trabalhadores do Arsenal do Alfeite, Paulo Raimundo salientou a sua «elevada especialização» e defendeu a urgência da sua valorização ao nível dos salários e direitos. Porque, alertou, o País não está « em condições de prescindir desta qualidade técnica». Central é, também, alargar o efectivo, pois «só assim é possível dar resposta aos desafios do presente e, acima de tudo, aos desafios do futuro».

Em suma, o dirigente comunista saiu do Arsenal do Alfeite «com a convicção de que estamos perante uma empresa que tem futuro e que não há razão nenhuma para [o] travar», nem para desperdiçar a «dedicação, empenho e qualificação» daqueles que ali laboram.

No dia 26, de manhã, nos estaleiros da Lisnave em Setúbal, Paulo Raimundo também reuniu com a administração e com um membro dos organismos representativos dos trabalhadores, e, após um périplo pelas instalações durante o qual abordou alguns trabalhadores, realçou a importância estratégica da empresa na construção e reparação naval.

Destacou, por outro lado, a «enorme capacidade instalada» e as potencialidades de crescimento e alargamento, bem como a existência de trabalhadores «altamente especializados que precisam ser reconhecidos e valorizados, em particular nas suas condições de trabalho».

Acresce a necessidade de avançar na igualdade salarial entre aqueles que executam as mesmas tarefas, bem como de proceder ao combate à precariedade dos vínculos, que na Lisnave tem grande expressão, entre outros factores, devido à contratação e subcontratação para empreitadas.



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