1920 – Lei seca nos EUA
A Prohibition (Proibição), conhecida como a «Lei seca», entra em vigor a 1 de Janeiro de 1920 e vigora até 1933. Na sua origem está a vontade de regenerar o país, o que mobiliza religiosos puritanos mas também sectores progressistas que viam no álcool uma forma de alienação dos trabalhadores, o patronato que clama contra a baixa produtividade fruto do alcoolismo, e as mulheres que atribuíam aos seus efeitos a violência doméstica. Os movimentos anti-álcool começam ainda no séc. XIX, primeiro no Maine (1846), depois Vermont, Rhode Island e Minnesota, em 1852, Michigan em 1853, Connecticut em 1954 e oito outros estados em 1855. Eram os «secos» (dry), por oposição aos «wet» (húmidos) onde a venda de álcool era autorizada. Os resultados da Proibição foram diferentes do esperado: o contrabando surge de imediato, os bares clandestinos florecem como cogumelos, o fabrico de álcool nas refinarias clandestinas torna-se incontrolável, a Mafia engorda com o contrando, o jogo e a prostituição, aumentam as guerras entre gangues. As misturas à base de álcool industrial deixam um saldo sangrento: mais de 10 000 norte-americanos morrem devido a bebidas adulteradas. A lei é revogada pelo presidente Roosevelt e o controlo da venda de álcool torna-se prerrogativa dos estados.