«Tempestade perfeita» na Defesa
A Polícia Judiciária (PJ) desencadeou na terça-feira, 6, em coordenação com o Ministério Público (MP), uma operação que resultou em cinco detenções, entre as quais três altos quadros da Defesa e dois empresários, num total de 19 arguidos. Em causa na investigação estão «práticas criminosas no exercício de funções públicas», mas até ao momento nenhum militar se encontra entre os suspeitos de «corrupção activa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efectuadas, por parte de organismo da Administração Central, a diversas empresas, as quais lesaram o Estado português em muitos milhares de euros», informaram as autoridades.
Os negócios alvo de um primeiro apuramento por parte da Inspeção Geral da Defesa Nacional, e, depois, da acção da PJ e do MP, dizem respeito a «gastos de cerca de 3,2 milhões de euros na empreitada para reconverter o antigo Hospital Militar de Belém, em Lisboa e num centro de apoio à covid-19», cujo orçamento inicial, de 750 mil euros, acabou por «derrapar» significativamente.