O pintor e professor Gil Teixeira Lopes faleceu no dia 10, em Lisboa, aos 86 anos. A informação foi avançada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, onde leccionou durante mais de três décadas.
Gil Teixeira Lopes produziu uma extensa obra em pintura, gravura e escultura e do seu percurso constam centenas de exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro. Ao longo da sua carreira, somou mais de 30 prémios e distinções como aconteceu na Bienal de Florença de 1970 e 1972, na Bienal de Cracóvia (1971), na Bienal de Seul (1972), na Bienal de S. Paulo (1973), na Bienal da Noruega (1972, 1984 e 1986) e na Bienal do México (1980), entre alguns outros.
Nascido em 1936 em Mirandela, Gil Teixeira Lopes começou o seu processo de aprendizagem artística na Casa Pia de Lisboa, de onde passou para os estudos em Belas Artes. Foi também condecorado, em 1987, com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelo seu mérito internacional.
A obra do pintor está integrada em colecções do mundo inteiro. A Biblioteca Nacional de Paris, o Museu do Vaticano, o Museu de Bronx-New York, a Biblioteca do Congresso em Washington, o Museu de Arte Moderna de Seoul, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, além da Fundanção Calouste Gulbenkian e da Secretaria de Estado da Cultura em Portugal, são apenas algumas da instituições que possuem obras do artista.
Na Faculdade de Belas Artes, Gil Teixeira Lopes foi Professor Catedrático de Pintura assumiu vários cargos de gestão. Ainda foi membro interveniente da Cooperativa dos Gravadores Portugueses, da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Academia Nacional de Belas Artes. A Instituição de Ensino Superior recorda-o como um professor «empenhado, exigente e, para muitos, polémico», que enfatizava «a importância do trabalho disciplinado, perseverante e experimentalista na fundamentação dos discursos artísticos consequentes».
O pintor participou ainda em várias Bienais na Festa do Avante!.