China reafirma compromisso com a paz, amizade e cooperação
O XX Congresso do Partido Comunista da China (PCC), que decorreu em Pequim entre os dias 16 e 22, ratificou o objectivo central de prosseguir a construção de um Estado socialista moderno. Xi Jinping foi reeleito secretário-geral.
XX Congresso do PCC confirma os êxitos notáveis alcançados pelo povo chinês
O presidente Xi Jinping afirmou que a economia da China «tem grande resiliência e potencial, os seus fortes fundamentos não mudarão e ela continuará a seguir uma trajectória positiva». Numa intervenção perante representantes da imprensa nacional e estrangeira, no domingo, 23, em Pequim, o secretário-geral do PCC, agora reeleito para um novo mandato de cinco anos, comprometeu-se a continuar a trabalhar para promover a paz, a justiça, a segurança e um modelo de progresso e cooperação mais inclusivo.
Com o XX Congresso, a China aponta à «modernização» e à aspiração de criar «prosperidade em todas as camadas da sociedade, ter força, ser um país culturalmente avançado». Estes são propósitos a que se propõe quando, em 2049, assinalar 100 anos da sua fundação como República Popular da China.
O Congresso destacou a importância da educação e da formação de quadros altamente qualificados para a ciência, a tecnologia e demais sectores estratégicos e fixou entre as prioridades elevar a qualidade de vida da população, valorizar os direitos das mulheres, das crianças e das pessoas com deficiência, melhorar o acesso à protecção social, à saúde e à habitação, consolidar o «triunfo sobre a pobreza» e avançar na protecção do meio ambiente.
A República Popular da China, consagrou ainda o XX Congresso, promoverá uma política externa «independente, pacífica, de respeito pela soberania e integridade territorial de outros países», que favoreça as iniciativas de fomento da cooperação e a solidariedade internacional.
Neste XX Congresso, o PCC – que conta com 96,7 milhões de militantes provenientes de todos os sectores da vida social e económica do país e com 4,9 milhões de organizações de base – elegeu, no último dia de trabalhos, o novo Comité Central e a Comissão Central de Controlo e Disciplina.
PCP saúda
O PCP dirigiu «as mais calorosas saudações» ao XX Congresso do Partido Comunista da China. Na mensagem enviada, destaca a situação internacional marcada por «grandes perigos, em que aumentam as ameaças do fascismo e da guerra, quando o imperialismo norte-americano, em aliança com as grandes potências da NATO, da União Europeia e da região Ásia-Pacífico, procura a todo o custo impor ao mundo o seu domínio».
Neste quadro, realça, as decisões assumidas pelo Congresso «revestem-se da maior importância para a construção de um mundo de paz, amizade e cooperação entre todos os países e povos, no respeito pelos princípios da Carta da ONU e do direito internacional, objectivo em que a China está empenhada».
Valorizando o «extraordinário acontecimento libertador que foi a revolução chinesa», o PCP realça os «grandes êxitos desde então alcançados pela República Popular da China na construção de uma nova sociedade orientada pelos valores e ideais do socialismo, êxitos inseparáveis do papel dirigente do PCC e do empenho criador do povo chinês». E manifestou a sua solidariedade em defesa da soberania e integridade territorial que se trava naquele «grande país multiétnico», num momento em que o imperialismo afirma o seu desígnio de conter e enfraquecer a República Popular da China e desenvolve «inaceitáveis provocações, incluindo em torno de Taiwan».
Mensagem de Jerónimo de Sousa
O Secretário-geral do PCP enviou a Xi Jinping uma mensagem em que lhe deseja «os maiores êxitos e felicidades» no exercício das elevadas responsabilidades que uma vez mais assume no PCC e na República Popular da China.
Sublinhando o êxito do XX Congresso do PCC, Jerónimo de Sousa realça os «êxitos notáveis alcançados pelo povo chinês na construção de uma sociedade de progresso e justiça social orientada pelos ideais da revolução chinesa, com a concretização da erradicação da pobreza e dos objectivos do Primeiro Centenário». Salientando em seguida o «grande papel que a República Popular da China é chamada a desempenhar no plano internacional na luta para contrariar as pretensões hegemónicas do imperialismo e pela construção de um mundo de paz, amizade e cooperação entre todos os povos».
Confiando na concretização dos objectivos apontados para o Segundo Centenário, «incluindo a preservação da soberania e integridade territorial da República Popular da China», o Secretário-geral do PCP expressou ainda a vontade de fortalecer as relações de amizade e solidariedade entre os dois partidos, «no interesse das relações entre os nossos dois povos e países, do movimento comunista e revolucionário internacional e dos povos de todo o mundo».