O PCP condena a escalada de violência e provocações levadas a cabo nos últimos dias pelo governo israelita e por grupos de colonos israelitas armados contra a população palestiniana.
Numa nota do seu Gabinete de Imprensa, divulgada no dia 17, o PCP denuncia que as incursões de grupos sionistas em torno da mesquita de Al-Aqsa prosseguem impunemente, assim como as tentativas de expulsão das populações palestinianas de bairros de Jerusalém, nomeadamente o bairro de Sheikh Jarrah. E considera que tais acções, concertadas entre governo israelita e grupos extremistas, integram a estratégia de anexação de Jerusalém Oriental, tornando ainda mais difícil a construção do Estado Palestiniano como previsto nas relevantes resoluções da ONU.
A violência, repressão, perseguição e destruição indiscriminada de propriedade de palestinianos verificam-se em todo o território, assim como a expansão e construção de novos colonatos israelitas – destaca o PCP –, lembrando que Israel continua a recorrer à prisão administrativa de membros da resistência palestiniana ao mesmo tempo que agrava o bloqueio a Gaza, território que vive uma das mais graves crises humanitárias do mundo.
A impunidade da acção de Israel contra a Palestina e a sua população, a sistemática agressão e violação do Direito Internacional só são possíveis com a conivência e apoio objectivo dos EUAe da UE. Neste sentido, o PCP manifesta a sua profunda preocupação com notícias de que o Reino Unido estaria a planear transferir a sua embaixada em Israel para Jerusalém, decisão que a concretizar-se seria mais um sinal evidente de apoio à política e projectos de Israel.
O PCP considera que o governo português deve assumir, no cumprimento da Constituição da República, uma posição clara de defesa e concretização do direito do povo palestiniano a um Estado independente, com as fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental e com a efectivação do direito ao retorno dos refugiados.
O PCP apela à solidariedade com a luta heróica do povo palestiniano pelos seus inalienáveis direitos nacionais.