No Fórum, sábado à tarde, foram ocupados todos os lugares sentados e várias pessoas ficaram em pé, para o debate «Construir a alternativa. Afirmar a política patriótica e de esquerda», com intervenções de Vasco Cardoso (que moderou), João Oliveira, Paula Santos e Armindo Miranda, todos membros da Comissão Política do Comité Central do PCP.
Ao fim de quatro décadas ininterruptas de política de direita, comprova-se que esta contraria os interesses nacionais. De igual forma, passados poucos meses, mais gente percebe por que motivos o PCP não aprovou a proposta de Orçamento do Estado para 2022, recusando a chantagem e afirmando os seus princípios.
A luta pela alternativa – uma política alternativa, assente em eixos concretos, para dar respostas aos problemas, e uma alternativa política, um governo que execute essa política e que não tenha uma prática que contrarie as afirmações – está na génese da acção dos comunistas e distingue o PCP dos demais partidos. Por esta acção consequente, o Partido é o alvo da direita e do capital.
Não houve nem haverá avanços, sem o desenvolvimento da luta dos trabalhadores e outras camadas, que assim elevam a sua consciência social e política. Para romper com o rumo seguido desde 1976 e, numa ampla frente social de luta, concretizar a alternativa, é indispensável um PCP mais forte.
«PCP – Partido da resistência antifascista, da Revolução e dos valores de Abril» foi o tema do debate que decorreu ao final da manhã de domingo, no Auditório. Rui Braga e José Capucho, do Secretariado do Comité Central, Rui Fernandes, da Comissão Política, e Domingos Abrantes demonstraram como o PCP foi o único e grande motor do combate à ditadura fascista, o pólo aglutinador de todos os que aspiravam verdadeiramente à conquista da liberdade e da democracia. O Partido foi o mais consequente construtor da aliança Povo-MFA e da Revolução de Abril, o maior dinamizador das massas e promotor das amplas conquistas e realizações revolucionárias. Hoje, é o maior defensor da Constituição, que consagrou as amplas transformações, é o mais firme na batalha contra os retrocessos, e é o único Partido que continua a estribar nos valores da Abril o seu projecto de progresso social, político, económico e cultural.