- Nº 2545 (2022/09/8)

Aumentos salariais para enfrentar a inflação da exploração

Festa do Avante!

Agora com a guerra e as sanções, como antes com a COVID-19 ou outros argumentos, o capital actua para aumentar a exploração e assegurar maiores lucros.

A inflação, cujo ascenso é sentido desde o ano passado, é agravada pela especulação (aumento de preços muito para lá do aumento dos custos de produção). Nos rendimentos dos trabalhadores há um corte que não é inferior ao ocorrido, de outra forma, na altura do pacto de agressão.

Este agravamento da exploração e da injustiça na distribuição da riqueza – visível no aumento dos lucros dos grupos que dominam a energia, os combustíveis e a distribuição alimentar –, só pode ser contido pelo incremento da luta dos trabalhadores e das massas populares, conquistando aumentos dos salários e pensões que reponham o poder de compra.

Além do aumento geral dos salários, em 90 euros, e do salário mínimo nacional (para 800 euros, de imediato, e para 850, no curto prazo), exige-se actualizações extraordinárias para os salários aumentados em 2022 e já desvalorizados.

Estudos do BCE e nos EUA vieram comprovar que o aumento das margens de lucro está entre os principais determinantes do aumento dos preços. O Partido insiste em medidas de regulação de preços e de taxação dos lucros extraordinários.

Estes problemas, tal como as propostas do PCP para lhes dar resposta, foram abordados em dois debates, no sábado.

Ao final da manhã, no Auditório, o tema foi «Aumento do custo de vida – especulação para aumentar os lucros», com intervenções iniciais de Mafalda Santos (da Comissão Concelhia de Setúbal do PCP), João Ferreira, Ricardo Costa e Paulo Raimundo (dos organismos executivos do Comité Central do Partido).

No Fórum, à noite, a discussão sobre o tema «Combater a exploração, valorizar o trabalho e os trabalhadores» foi aberta com intervenções de Francisco Lopes e Jaime Toga (membros dos organismos executivos do CC), Ana Pires (da Comissão Executiva da CGTP-IN), Diana Ferreira (deputada do PCP) e Gonçalo Paixão (da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP).