Vladimiro Vale (da Comissão Política do Comité Central do PCP), José Pós-de-Mina (do CC), Carolina Santos (da Direcção Nacional da JCP), Luísa Tovar (do Movimento «Água Pública») e Pedro Neves (guarda-rios, trabalhador da Agência Portuguesa do Ambiente) abriram o debate «Em defesa da água pública», sexta-feira à noite, no Auditório.

Apresentando as grandes linhas da intervenção e as principais propostas do PCP nesta matéria, foi deixado um sério alerta quanto à ameaça de privatização da distribuição em alta – tal como sucedeu com os resíduos sólidos e a alienação da EGF pública.

Restringindo o acesso a fundos comunitários, o Governo força a centralização, através da agregação de sistemas municipais de gestão de água e esgotos – que foram conquistas de Abril, da população e das autarquias – e assim vai ao encontro dos interesses dos grupos capitalistas, que procuram maiores volumes de negócios e de potenciais lucros.

As opções das empresas são determinadas pela sua natureza, pelo que, em defesa dos interesses do País e da defesa do ambiente, a Águas de Portugal deve manter-se no sector público e as actuais competências devem permanecer nos municípios.

A recusa da gestão da água como negócio, priorizando o lucro, e a defesa da água como bem público – eis uma luta que não se pode deixar para outros.