No programa do Auditório, destacaram-se os temas relacionados com a defesa de direitos reconhecidos na Constituição, mas colocados em risco pela política de direita.
O interesse do público e dos oradores iniciais – Jorge Pires (da Comissão Política do Comité Central do PCP), Alma Rivera (do CC e deputada), Ana Mesquita, António Gavela, Manuel Guerra e Pedro Fernandes Duarte – prolongou para lá das duas horas a duração do debate «Criação e fruição culturais – factores de desenvolvimento», na noite de sexta-feira. Foi focada a necessidade de um serviço público de cultura.
O Serviço Nacional de Saúde é um bem de todos e, na sua defesa, devem envolver-se os profissionais e os utentes, enfrentando a política e as medidas que favorecem o negócio da doença. No debate «Defender o direito à saúde! Salvar o SNS!», sábado à tarde, esta ideia foi transversal às intervenções iniciais de Bernardino Soares (da Comissão Política do CC), João Dias (deputado), Ana Amaral (dirigente sindical da Função Pública), Luísa Catarina Sousa (médica) e Pedro Frias (enfermeiro). Um desfile em Lisboa, no dia 15, a assinalar o aniversário do SNS, será a próxima etapa desta luta.
Intervenções de Bruno Dias (do CC e deputado), Lino Paulo e Mónica Mendonça (da Comissão Política da DN da JCP) abriram o debate «Garantir habitação para todos – Combater a especulação», no final da tarde de sábado. Exigiu-se a revogação da «Lei Cristas», a garantia de não serem despejadas pessoas e habitação pública para enfrentar a financeirização e cumprir o artigo 65.º da Constituição.
A poucos dias de abrir o ano lectivo, debateu-se, sábado à noite, «A falta de professores e a qualidade do ensino». A ofensiva deliberada contra a Escola Pública, por parte de governos sucessivos do PSD e do PS, foi criticada por Octávio Augusto e Patrícia Machado (ambos da Comissão Política do CC), Jorge Gonçalves (da Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP), Francisco Gonçalves (secretário-geral adjunto da Fenprof) e Eduarda Ferreira (professora no Concelho de Sintra).
Com importância evidenciada na resposta às consequências sociais da COVID-19, a Segurança Social pública e solidária continua sob ameaça da entrega de valiosas fatias, como as pensões, à especulação financeira. A valorização do trabalho será um importante contributo para elevar a sustentabilidade do sistema, como foi salientado no debate «Mais e melhor Segurança Social para todos», domingo à tarde. As intervenções iniciais estiveram a cargo de Belmiro Magalhães e Fernanda Mateus (ambos da Comissão Política do CC do PCP), Maria Adelaide Alves (do CC), e Manuel Pinto André (dirigente do MURPI).