Camaradas, que gigante Festa do Avante!, tão grande e generosa como o projecto e o sonho que temos para o nosso País, para o nosso povo, para a juventude. Projecto em que a cultura está à mão de todos, o desporto e a actividade física são um direito, onde somos todos iguais na nossa diferença, uma terra de alegria e fraternidade, em que cada um se pode inventar, criar e ser feliz.
Uma Festa esculpida de forma militante pelos trabalhadores e os muitos jovens que entregaram o seu verão à sua construção, os que a dão a conhecer nos quatro cantos do País em cada documento entregue, os que venderam EP, os que organizaram concertos e torneios desportivos, todos os que aqui trouxeram o seu melhor e por isso merecem uma forte saudação.
Os milhares de jovens que este ano tornaram a Festa sua sabem o que querem e lutam por isso, lutam por uma escola pública onde não faltem professores, lutam por um Ensino Superior livre de propinas e Bolonha, tal como fizeram os milhares de estudantes que, no Dia Nacional do Estudante e comemorando os 60 anos da Crise Académica, encheram as ruas do Rossio à Assembleia da República na manifestação Nacional de Estudantes do Ensino Superior, e os muitos estudantes de escolas secundárias e profissionais que, de norte a sul do País, saíram à rua.
Lutas indissociáveis do contributo dos jovens comunistas que na sua escola, na sua faculdade, no seu local de trabalho assumem o seu papel e questionam, esclarecem, mobilizam e organizam. Consciencializando um a um, num trabalho de formiga que as massas tornam enorme.
A juventude não conhece a JCP das televisões, dos comentadores, dos patrocínios ou dos algoritmos, mas sim da vida, da escola, da estação de transportes, da empresa. Conhece do colega, do amigo ou familiar comunista que por onde passa não deixa nada ficar igual. Estamos e sempre estivemos lá porque é lá que pulsa a vida, onde a juventude encontra a contradição entre os seus interesses e os do grande capital.
A contradição entre o aumento das dificuldades da maioria e os lucros extraordinários de uns poucos, perante a qual os jovens trabalhadores respondem com organização e luta, no seu sindicato unitário de classe, tal como fizeram nas manifestações nacionais de jovens trabalhadores convocadas pela Interjovem, afirmando mais alto que não são colaboradores, não são dispensáveis, não são substituíveis, são trabalhadores e são eles quem produz a riqueza!
Temos profunda convicção na capacidade criativa e transformadora das massas juvenis, força capaz de varrer o velho e criar o novo.
Não desvalorizamos a força da ideologia dominante, mas também sabemos que não apaga as crescentes dificuldades com que os jovens se confrontam nem impede que, apesar de todos os ataques, a JCP cresce, somando centenas de novos militantes!
A todos eles dizemos que o tempo é de luta – de luta pelo que é nosso! Podem contar com a Juventude Comunista Portuguesa, organização que não se fecha nem retrai, que se lança em cada problema e injustiça! Convictos que é através da luta que se eleva a consciência social e política das massas, condição necessária para construir uma nova sociedade, o socialismo e o comunismo.
Quando o imperialismo aposta na guerra, as injustiças se multiplicam e a pobreza se alastra, nós afirmamos a alternativa para todos os que não aceitam que o capitalismo seja o final da história, por mais humanizado e verde que o preguem.
E por isso seguimos em luta pelo que é nosso! Pelo reforço da Escola Pública, pelo aumento dos salários e o fim da precariedade, contra a mercantilização do ambiente e pelo direito à habitação.
Em luta pelo que é nosso com a confiança reforçada de sermos uma juventude de um Partido, o Partido Comunista Português, Partido da resistência e da luta, e simultaneamente o mais jovem, o mais enraizado, o mais consequente! O Partido do futuro!