2014 – Medalha Fields para M. Mirzakhani

«Os nú­meros são como per­so­na­gens que um dia pas­samos a co­nhecer me­lhor. De­pois das coisas evo­luírem, olhamos para aquele per­so­nagem e ele tornou-se di­fe­rente», dizia Maryam Mir­zakhani, a ira­niana nas­cida em 1977 que fez his­tória no mundo da Ma­te­má­tica. É a pri­meira mu­lher a re­ceber a me­dalha de ouro na Olim­píada In­ter­na­ci­onal de Ma­te­má­tica, em 1994; re­pete a proeza em 1995; obtém o di­ploma de ba­charel em ma­te­má­tica quatro anos de­pois. Ruma para os EUA, dou­tora-se em Har­vard em 2004 e no mesmo ano torna-se pes­qui­sa­dora as­sis­tente no Clay Mathe­ma­tics Ins­ti­tute. Mais tarde lec­ciona nas Uni­ver­si­dades de Prin­ceton e Stan­ford. Dis­tingue-se prin­ci­pal­mente na te­oria dos es­paços de mó­dulos de su­per­fí­cies de Ri­e­mann. Em 2014, Mir­zakhani torna-se na pri­meira mu­lher a re­ceber a Me­dalha Fi­elds, equi­va­lente ao Nobel da Ma­te­má­tica. A ine­xis­tência de um Nobel da Ma­te­má­tica é atri­buída a um di­fe­rendo entre Al­fred Nobel e o ma­te­má­tico sueco Gösta Mittag-Lef­fler, que terá le­vado Nobel a al­terar o seu tes­ta­mento para banir a Ma­te­má­tica dos pré­mios. A la­cuna é pre­en­chida pelo ca­na­diano John C. Fi­elds, em 1936, com a Me­dalha In­ter­na­ci­onal para Des­co­bertas Ex­cep­ci­o­nais em Ma­te­má­tica, vulgo Me­dalha Fi­elds, atri­buída a cada quatro anos. Maryam morreu com 40 anos, ví­tima de cancro.