Chalana, obrigado!
Aos 63 anos, faleceu na madrugada de quarta-feira, dia 10, Fernando Chalana, «um dos jogadores mais marcantes do futebol português», como afirmou a Federação Portuguesa da modalidade, que decidiu o cumprimento de um minuto de silêncio, em memória do antigo internacional, em todos os jogos, até dia 15.
Foi «um dos grandes e eternos nomes da mística do Sport Lisboa e Benfica», como se escreveu na primeira nota publicada pelo clube. Na tarde de sexta-feira, dia 12, o corpo seguiu da Basílica da Estrela, onde esteve em câmara ardente, para uma emocionante homenagem no Estádio da Luz, com um enorme «Obrigado Chalana». Uma delegação do PCP, ao nível da sua direcção, apresentou condolências à família e ao SLB. A cremação teve lugar no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Fernando Albino Sousa Chalana, que será lembrado como o Pequeno Genial, nasceu no Barreiro, a 10 de Fevereiro de 1959. «Foi no Lavradio que incessantemente deu os primeiros toques numa bola e fez crescer a magia das suas fintas» e «em 1973-1974 representou o Futebol Clube Barreirense», recorda-se numa nota dos vereadores da CDU na CMB, que enalteceram «Chalanix» como «um dos maiores embaixadores do concelho no mundo».
Com 15 anos, ingressou no Benfica, clube que representou durante 13 épocas, como jogador, e largos anos, como elemento técnico. A FPF notou que Chalana foi internacional por 27 vezes, destacando a sua influência na selecção que disputou a fase final do Campeonato da Europa de 1984. Como «maior legado» de Chalana, além dos números da sua biografia desportiva, o SLB indicou «as fintas desconcertantes, a magia de bola colada ao pé, a genialidade ímpar e a grandeza humana».