Nos dias 2,3 e 4 de Setembro, a quinta da Atalaia, Amora, Seixal, volta a receber a maior iniciativa político-cultural do País. E volta a ser o espaço de liberdade, de convívio, de camaradagem e lazer para muitos milhares de portugueses de todas as idades e regiões do país, de diversos quadrantes políticos e credos religiosos que usufruem nestes três dias destas características ímpares, da Festa do Avante.
Sendo uma grandiosa acção de massas a Festa possui naturalmente uma fantástica e genuína capacidade transformadora. Ninguém sai da Festa como entrou. A liberdade vivida em todas as componentes e espaços da festa, o ambiente fraterno, respeitoso e solidário sentido de forma natural, a informação recebida sobre aspectos da situação política e social e as propostas do PCP no plano nacional e internacional, as dúvidas e interrogações que tudo isto gera e que abalam os alicerces do preconceito e colocam a necessidade de procurar saber mais sobre a vida e objectivos do PCP.
Quem vai à Festa, sai mais livre, mais confiante, mais culto, com mais força e em melhores condições de participar na luta organizada contra a exploração capitalista e por uma sociedade justa e solidária. É esta saudável influência transformadora que a Festa oferece aos seus visitantes que provoca as insónias e tira o sono ao grande capital nas três noites da sua realização. É por isso que a tarefa mais importante de todas as organizações e militantes do Partido (com a colaboração de muitos amigos do PCP e da Festa) até dia 2 de Setembro, é proceder à sua divulgação, vender EP, informar e convencer muitos, mas mesmo muitos amigos, simpatizantes, democratas e outros patriotas a irem à Festa. Para isso há que quebrar más rotinas instaladas, actualizar e alargar o número de pessoas a contactar e de forma decidida e com audácia, passar à ofensiva e trabalhar para o êxito da Festa que estamos a construir.
A Festa do Avante vai realizar-se numa situação política nacional e internacional em que, perante o aprofundamento da sua crise estrutural, o capitalismo responde com a intensificação da exploração. Das empresas que negoceiam na bolsa, 12 já deram a conhecer os lucros obtidos no primeiro semestre de 2022. Ficamos a saber que, comparando com o mesmo período de 2021, os seus lucros são superiores em mais de 60%. Só os cinco maiores bancos, viram os seus lucros crescer 80% 1,3 mil milhões de euros. E que a Jerónimo Martins obteve mais 40% de lucros. Ao mesmo tempo, no outro lado da rua, centenas de milhares de trabalhadores, reformados e o povo em geral, sentem cada mais dificuldades em fazer face à inflação e aos aumento dos preços dos bens essenciais como a habitação, a energia e a alimentação. A pobreza está em crescimento acelerado e a fome, o mais vil atentado contra os direitos humanos, anda a rondar, já bateu à porta ou já está sentada à mesa, de centenas de milhares de casas de portugueses. Já tinha acontecido com a pandemia, o povo sofreu a bem sofrer com as consequências nomeadamente na redução de salários, enquanto que o grande capital e em especial os donos das multinacionais da indústria do medicamento, duplicaram os seus já escandalosos lucros.
E cresceram os multimilionários. Agora, o pretexto é a guerra na Ucrânia e as consequências das sanções. E o cenário repete-se. O contraste entre as desigualdades sociais e a distribuição da riqueza produzida é tão chocante que, um dos principais banqueiros, já veio publicamente mostrar preocupações pela reacção que o povo pode ter a um tão grande nível de exploração. Entretanto, as propostas feitas pelo PCP, para que sejam aumentados os salários nomeadamente, o salário mínimo nacional e as pensões, são rejeitadas pelo PS,PSD, Chega e IL, apostados na defesa dos interesses do grande capital.
Na nossa Festa, sempre esteve presente a luta pela paz. Numa altura em que devido à ofensiva e provocações do imperialismo ela está ameaçada e colocada em causa, a luta pela paz estará mais uma vez presente na Festa do Avante.