Que viva O Gordo!

Jô (José Eugénio) Soares, humorista e actor brasileiro, que marcou profundamente o público português desde que, em 1981, foi exibido na televisão o seu programa «Viva o Gordo», morreu a 5 de Agosto, num hospital de São Paulo, com 84 anos.

Nascido no Rio de Janeiro, mudou-se com a família para a Europa, aos 12 anos, e descobriu o encanto do teatro na Suíça, quando estudava para diplomata. Aos 20 anos, no Brasil, fez o seu primeiro papel no cinema, em «O Homem do Sputnik». Nesse ano de 1958, começou a escrever para televisão («TV Mistério», de Adolfo Celli). Trabalhou ao lado dos nomes maiores da cultura brasileira.

A partir de 1970, protagonizoucom Renato Côrte Real «Faça Humor, Não Faça Guerra», a que se seguiram «Satiricom» e «Planeta dos Homens». O nome do seu programa de maior sucesso, exibido até 1987, proveio da peça «Viva o Gordo, Abaixo o Regime», estreada em 1978 e plena de insinuações contra a ditadura militar (1964-1985). Jô Soares admitia que «o meu humor tem sempre um fundo político, sempre tem uma observação do quotidiano do Brasil», como citou a «Memória Globo», .

No canal SBT, manteve durante 11 anos «Jô Soares Onze e Meia», que teve continuação na Globo, com o «Programa do Jô», a partir de 2000 e durante 16 anos.

Jô Soares foi também jornalista, cronista, escritor, argumentista, realizador e pintor. Reconheceu, em 2002, que «tudo o que fiz e tudo o que faço sempre tem como base o humor».



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