- Nº 2539 (2022/07/28)

A Festa constrói-se com dedicação e uma imensa alegria

Festa do Avante!

A JCP assegura semanalmente, em vários pontos do País, dezenas de bancas de promoção da Festa do Avante! e de venda de EP, envolvendo nessa importante e empolgante tarefa centenas de jovens – com a determinação e a alegria que os caracterizam.

Quando pensamos na construção da Festa do Avante!, e no valor da militância aí tão bem expresso, vem naturalmente à ideia a montagem das estruturas de tubo, a concretização de infra-estruturas, a colocação de toldos e coberturas. No fundo, tudo o que se relaciona com erguer do nada uma cidade de três dias – onde a liberdade, a fraternidade, a alegria e a paz são quem mais ordena.

Mas a Festa constrói-se de outra forma, não menos militante: afixando cartazes e faixas, divulgando o seu programa político e cultural, vendendo a Entrada Permanente (EP). É isto que estão a fazer, todos os dias, muitos militantes e amigos da Juventude Comunista Portuguesa, de Norte a Sul do País.

André e Mariana são dois desses jovens. Estudantes do Ensino Superior, asseguravam na manhã da passada sexta-feira a banca junto à saída do Metro na Avenida da Liberdade, em Lisboa, a poucos passos do Centro de Trabalho Vitória. Dali a algumas horas seriam rendidos por outros dois militantes, do Ensino Secundário, eles próprios substituídos, ao final da tarde, por outros tantos jovens trabalhadores. É assim desde há semanas, e assim continuará até à véspera da Festa do Avante!. Como um dia escreveu Lénine, a Revolução requer corações ardentes e muita organização e os jovens comunistas têm ambas as condições.

Ora, se só por esta banca passam semanalmente cerca de 30 jovens, ela está muito longe de ser a única na capital. Com regularidade diversa, há outras bancas em estações de transporte público, zonas comerciais, locais de trabalho e outros pontos de concentração popular – asseguradas por colectivos específicos da JCP, que organizam escalas e mobilizam os seus membros. Multiplicando isto pelo território nacional, fica-se com uma ideia aproximada desta intensa acção de promoção e divulgação da Festa do Avante!.

A Festa é «uma coisa boa»

Mas voltemos à Avenida da Liberdade e à conversa com o André e a Mariana, que já perderam a conta às vezes que asseguraram aquela banca – neste ano como noutros. É precisamente todo este traquejo que lhes permite afirmar que as coisas estão a correr bem para esta altura do ano: «ainda estamos em Julho e já vendemos várias EP, mais do que nos últimos anos», conta André, seguro de que será em Agosto que se venderá a maioria das entradas. «É sempre assim», garante.

O que importa é insistir, concordam, até porque «as pessoas gostam da Festa, vêem-na como uma coisa boa e sabem que o Partido a organiza bem», realça o jovem, estudante de Ciência Política e Relações Internacionais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. «Os jornais com os artistas são sempre muito bem recebidos, quase não há recusas», acrescenta, secundado depois por Mariana, que frequenta na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa o curso de Línguas e Literaturas Modernas: «Já aconteceu mais do que uma vez pessoas furtarem-se a receber o jornal e voltarem atrás quando percebem que é da Festa do Avante!.»

Ambos confessam-se até um pouco surpreendidos pela tranquilidade com que cumprem a sua tarefa, num ambiente que, regra geral, é de curiosidade ou de manifestação de interesse pelo que ali estão a fazer, ou seja, a promover e divulgar a Festa do Avante!.

Festa dos trabalhadores e do povo

Durante todos os dias da semana – à excepção da terça-feira – podemos também encontrar junto à estação ferroviária dos Foros de Amora, no Seixal, entre as 17 e as 19 horas, uma banca da JCP para venda da EP e distribuição do jornal dos artistas da Festa do Avante!. Na quinta-feira, 21, lá encontrámos o Faia e a Daniela, uma jovem comunista que vai este ano pela primeira vez à Festa. As suas expectativas são enormes, pelo que lhe contaram os seus camaradas.

Sobre a banca, Faia começou por valorizar a sua localização, num local onde todos os dias passa muita gente, de todas as idades e várias nacionalidades, sobretudo trabalhadores. É perfeito, portanto, sendo que se está a falar da Festa «dos trabalhadores e do povo». Por seu lado, Daniela destacou a «resposta bastante positiva» que tem recebido das pessoas, que «têm interesse em conhecer» a Festa, que é muito mais do que os espectáculos musicais.

«Esta nossa assiduidade faz com que as pessoas recebam o jornal dos artistas e, dias depois, venham ter connosco para comprar a EP», que ali pode ser adquirida por MB WAY, multibanco ou em numerário, informou o jovem comunista. O preço é de 27 euros até 1 de Setembro e 40 euros nos dias da Festa.

«Ir à Festa é uma boa maneira de terminar em grande o Verão, ainda mais porque tem um preço popular, que os trabalhadores podem pagar. Até aos 14 anos, inclusive, as crianças não pagam, desde que acompanhados por um adulto portador de EP», acrescentou, concluindo que, tal como se afirma no lema, Não há Festa como esta!.

 

Paredes que falam

Das múltiplas formas de divulgar a Festa do Avante!, e destacamos algumas nestas páginas, a arte de rua será porventura das mais originais. Todos os anos, por esta altura surgem murais alusivos à Festa em vários pontos do País e 2022 não está a ser excepção.

O Subsector das Artes Visuais do Sector Intelectual do Porto pintou na cidade um mural alusivo à Festa do Avante!. O mesmo fizeram os militantes comunistas de Algueirão-Mem Martins, no concelho de Sintra.

 

Militância e organização

Obreiros da Festa são, também, os que colam cartazes, distribuem folhetos, organizam e participam em sessões e convívios que têm na divulgação da Festa do Avante!, dos seus valores e do seu programa político e cultural um dos objectivos principais. É precisamente isto que está a acontecer um pouco por todo o País.

Tal como nas restantes tarefas e linhas de intervenção, também para afirmar a Festa do Avante! o PCP (e os seus aliados) conta sobretudo com as suas próprias forças – no caso, com a militância dos seus membros e o seu modelo de organização.