Formados em Braga, em Novembro de 1984, os Mão Morta estrearam-se ao vivo no Porto, em Janeiro do ano seguinte. Depois de, em 1986, ganharem o Prémio de Originalidade no III Concurso de Música Moderna do Rock Rendez Vous, em Lisboa, editaram o seu primeiro álbum, homónimo, em 1988, que lhes garante aplausos da imprensa especializada, elogios de Nick Cave e Jello Biafra e uma crescente legião de fãs. Em breve tornar-se-iam numa banda de culto.

A sua discografia é composta por 15 álbuns de originais, a que se juntam registos ao vivo e compilações, grande parte deles incluídos nas listas dos melhores do ano ou de sempre da música portuguesa. Os Mão Morta somam várias participações nos grandes eventos musicais realizados em Portugal, aventurando-se com frequência – e audácia – na realização de espectáculos multimédia, na dinamização de projectos comunitários ou na incursão por disciplinas como a dança e o cinema.

Com algumas incursões por Espanha, França, Itália ou Brasil, os Mão Morta, ao longo das últimas três décadas, souberam aliar a música à literatura (trazendo à ribalta escritores e poetas como Heiner Müller, Guy Debord, Allen Ginsberg, Isidore Ducasse ou J. G. Ballard) e têm tido sempre uma palavra a dizer quanto ao rumo do rock feito em Portugal.

Compõem os Mão Morta Adolfo Luxúria Canibal (vocalista e letrista), Miguel Pedro (baterista, programador, compositor e produtor), António Rafael (teclista, guitarrista, compositor e produtor), Vasco Vaz (guitarrista e compositor), Rui Leal (baixista) e Ruca Lacerda (guitarrista).