Uma carreira médica revalorizada e o respeito pela especialização são objectivos que a Federação Nacional dos Médicos pretende incluir na negociação com o Governo. Perante a posição que este apresentou no dia 13, o Conselho Nacional da FNAM decidiu, no dia 16, «endurecer a forma de luta, caso não seja aceite a inclusão da revisão das carreiras médicas e da sua tabela salarial, imprescindível para a atracção e manutenção dos médicos no Serviço Nacional de Saúde».

O Governo apresentou «apenas medidas isoladas» e sem pormenores, além de ter incluído na lei do Orçamento do Estado «uma série de medidas gravosas», como se alerta num comunicado da FNAM, de dia 18, no qual se destaca «a contratação de médicos sem formação específica para colmatar a falta de especialistas em Medicina Geral e Familiar» (razão de um protesto, este sábado, junto do Ministério da Saúde, organizado pela APMGF e que a FNAM apoiou), e também «a inconstitucional nova forma de pagamento de trabalho suplementar em serviço de urgência».