Em todo o País defende-se o SNS

Em vários pontos do País, as populações defendem os seus serviços públicos de Saúde, reclamando por mais profissionais, investimento em instalações e equipamentos e uma melhor prestação de cuidados.

O desinvestimento no SNS tem graves consequências em todo o País

Foi o que fizeram, em Serpa, mais de duas centenas de pessoas que no dia 5 percorreram várias ruas da cidade em defesa do Hospital local. A concentração, marcada pelo Movimento de Defesa do Hospital de São Paulo, iniciou-se junto ao Cineteatro Municipal, e rumou ao hospital: «Queremos o hospital aberto 24 horas», foi a palavra de ordem mais ouvida. Em causa está o descontentamento e insegurança da população relativos ao encerramento sistemático do serviço de Urgências.

O Hospital de São Paulo, em Serpa, é gerido pela Santa Casa da Misericórdia, na sequência do acordo de cooperação assinado entre a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e o Ministério da Saúde. O porta-voz do movimento, Luís Mestre, realçou na ocasião que o serviço de Urgência «não está a servir a população, pois não está a assegurar as 24 horas de serviço». O encerramento entre a meia-noite e as 8 horas da manhã leva a que muitos utentes tenham de se deslocar ao Hospital Distrital de Beja, «quando poderiam ser atendidos rapidamente na sua terra».

Por mais médicos de família

Já antes, no dia 1, o Movimento de Utentes de Salvaterra de Magos em Defesa do SNS promovera uma concentração junto ao Centro de Saúde à qual compareceram cerca de 120 pessoas. Num concelho em que 75 por cento da população está privada de médico de família, a resolução deste problema esteve à cabeça das reivindicações: segundo o movimento, faltam médicos nas unidades de Salvaterra de Magos, Foros de Salvaterra, Marinhais e Glória do Ribatejo. Reclamou-se também a reabertura das extensões de Muge e do Granho.

Das várias intervenções ali proferidas – falou quem quis – sobressaiu o apoio popular às exigências do movimento, que expressam bem o sentimento da população. Para além da urgente contratação de profissionais, exigiu-se melhorias nas infra-estruturas e a construção de um novo Centro de Saúde em Marinhais.

Junto da população em luta estiveram médicos, administrativos e enfermeiros. Anunciou-se ainda que o abaixo-assinado em defesa do SNS, já com centenas de assinaturas recolhidas, continua a circular. A entrega será no dia 20, na Assembleia da República. «Público é de todos, privado é só de alguns» foi uma das palavras de ordem.

Também em Abrantes, uma concentração de utentes exigiu a defesa do Serviço Nacional de Saúde público, universal e gratuito. Naquele concelho do distrito de Santarém, há quase 10 mil utentes sem médico de família, num universo de 35 mil, denuncia a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo.

Numa placa empunhada por um dos participantes, resumia-se o que está em causa: «Salva o SNS! Luta!».




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