- Nº 2535 (2022/06/30)

Greve nas Águas do Algarve aponta novas formas de luta

Trabalhadores

Os trabalhadores da Águas do Algarve (AdA), empresa do grupo Águas de Portugal (AdP), estiveram em greve, no dia 22, e participam na paralisação marcada para hoje no grupo.

Segundo o SITE Sul, na origem desta jornada de luta esteve a falta de respostas concretas às diversas matérias internas apresentadas pela Comissão Sindical nas reuniões realizadas com a administração da empresa. As reivindicações destes trabalhadores compreendem o aumento dos salários e a progressão das carreiras, a negociação do Acordo Colectivo de Trabalho da AdP, o reconhecimento e valorização profissional, a atribuição do subsídio de penosidade, insalubridade e risco e a admissão de mais trabalhadores, entre outras.

O PCP manifestou a sua solidariedade com os trabalhadores através de uma delegação, que contou com a participação de Vasco Cardoso, membro da Comissão Política, e Celso Costa, do Comité Central, que esteve ao lado dos mais de 50 trabalhadores que se concentraram junto à sede da AdA, em Faro, assinalando o dia de greve.

Para os comunistas, o congelamento salarial, a que estes trabalhadores estão sujeitos há vários anos, é inadmissível face aos 415 milhões de euros de lucro que a AdP alcançou entre 2018 e 2021. O PCP não deixa de responsabilizar directamente o Governo do PS pela degradação das condições dos que laboram neste sector.

Luta avança na AdP

A adesão à greve de dia 22 confirmou que esta luta continuará até que sejam atendidas as reivindicações que a motivaram. Na concentração foi aprovada uma resolução que, para além de expor problemas, assegurou a participação destes trabalhadores na greve de hoje, na AdP, convocada pela Fiequimetal e pelo STAL, e na jornada de luta nacional, de dia 7 de Julho, convocada pela CGTP-IN.