Foram muitos, sobretudo jovens (particularmente mobilizados pela JCP), os que passaram pela Quinta da Atalaia no fim-de-semana para a primeira jornada de trabalho. O dia mais produtivo foi o domingo, até porque no sábado à tarde foi tempo de lutar pela paz. Mas tanto no sábado de manhã como em todo o dia de domingo, houve muito trabalho a fazer – e ele foi feito, com a entrega e a dedicação de sempre.

Esta é, aliás, uma marca dos comunistas portugueses e da Festa do Avante! desde a sua primeira edição, já no longínquo ano de 1976: o trabalho militante, a aprendizagem mútua, o esforço conjugado para um propósito comum, por todos partilhado. No fundo, e como diz a letra d’ A Internacional, «façamos nós por nossas mãos tudo o que a nós nos diz respeito». Na Festa como na luta mais geral.

Trabalho para todos os feitios

A limpeza do terreno ocupou a maioria das mãos laboriosas e militantes que passaram pela Atalaia. Era vê-las empunhando ancinhos e forquilhas a encher as caixas das carrinhas com palha, erva e outros vestígios de anteriores trabalhos preparatórios. O êxito desta tarefa ficou evidente no antes e no depois da sua realização. O terreno está agora limpo e pronto para que sobre ele seja erguida aquela cidade de três dias que será, uma vez mais em 2022, a Festa do Avante!: bela, verdejante, aprazível.

Mas houve quem se tenha ocupado de outros afazeres. Nos espaços de algumas organizações regionais andou-se já em torno das estruturas dos pavilhões, promovendo-se algumas necessárias reparações ou ajustes. Alguns iniciaram até as fundamentais pinturas.

Se no terreno era grande a azáfama, com viaturas a transportar materiais, ferramentas e construtores, de um lado para o outro, nos estaleiros não era menor a agitação. Alguns produziam as coberturas que mais tarde serão colocadas sobre pavilhões, restaurantes e esplanadas e outros construíam novo mobiliário urbano para as zonas do lago e da várzea da Quinta do Cabo. A que acrescia, como sempre, o trabalho nas cozinhas, nas oficinas, nos armazéns, nos vários gabinetes em que tudo é planificado e preparado.

A Festa faz-se de tudo isto.

Fraternidade e convívio

Mas não só de trabalho se fala quando o assunto é a construção da Festa do Avante! – pelo menos se tivermos do trabalho uma determinada, e estreita, visão. Precisamente aquela que domina na sociedade capitalista em que vivemos. Ali, na Festa, trabalho é realização, é construção colectiva, é camaradagem. Duro e exigente, por vezes; sempre realizado com prazer.

E depois há tudo o resto para lá do trabalho. As amizades que ficam, os momentos de convívio, a vontade de regressar. Também por isso, a Festa é única. Também por isso é tão acertado o lema Não há Festa como esta!.

EP é «título de solidariedade»

A venda antecipada da EP contribui para uma Festa melhor. Quanto mais EP forem vendidas desde já maior será a capacidade de adquirir materiais e serviços necessários. A EP, mais do que um bilhete que dá acesso a todos os espaços e iniciativas ao longo dos três dias, é um título de solidariedade com a Festa e os que todos os anos a constroem.

Nas organizações do Partido e em bancas de rua estão a ser distribuídas e vendidas as EP.

Jornal dos artistas

Está em distribuição em todo o País o jornal com os artistas que compõem o programa e outros aspectos relacionados com a Festa do Avante! de 2022. Elemento central da divulgação da Festa, o jornal foi inicialmente publicado como suplemento do Avante!, estando agora em distribuição alargada em todo o País.

Criatividade e perseverança

São múltiplas e variadas as formas de divulgar a Festa do Avante!. Para além dos cartazes, das bancas, das pichagens, estão também a realizar-se convívios um pouco por todo o País. No fim-de-semana, em paralelo com a jornada de trabalho, realizou-se no Polidesportivo da Quinta da Atalaia um torneio de Futsal com equipas constituídas por trabalhadores de empresas da Península de Setúbal. O desporto, presente na Festa desde o primeiro momento, pode constituir também uma excelente forma de a divulgar.