Por proposta do PCP, a Câmara de Lisboa aprovou uma moção que delibera instar o Governo a proceder ao reforço do investimento necessário para a criação de meios e instalações adequadas para a prossecução das missões da PSP na cidade, no quadro de um modelo de policiamento de proximidade. Foi igualmente aprovado assegurar o reforço do número de agentes da PSP na cidade e a adopção de medidas que promovam o reforço da presença e da visibilidade da polícia nas ruas.

Todos os pontos deliberativos foram aprovados por unanimidade, à excepção do último, aprovado apenas por maioria, com o voto contra do PS e a abstenção do vereador independente do CPL, que defende a reabertura das esquadras da cidade, nomeadamente aquelas que foram alvo de contestação aquando do seu encerramento e nos locais onde a insegurança é sentida de forma particular pelas suas populações.

Desde 2014 foram encerradas várias esquadras na cidade de Lisboa, a última, a Esquadra de Carnide (42), encerrada a 16 de Outubro de 2019, por ordem da Delegada de Saúde devido a problemas de saneamento e saúde pública. «Passados cerca de sete anos da implementação da reorganização do dispositivo da PSP na cidade de Lisboa, os pressupostos inscritos nas linhas orientadoras e as medidas operacionais que lhes estavam subjacentes, nomeadamente o aumento de polícias nas ruas, continuam a não se verificar», acusa o PCP. Para os comunistas, «cabe agora ao Governo intervir, de modo a reduzir o sentimento de insegurança do cidadão, o acréscimo da componente preventiva e reactiva, a melhoria das condições de atendimento ao público e das condições de trabalho dos agentes policiais».