1880 a 1902 – Guerra dos Bóeres
Alcançado o controlo da colónia do Cabo, no rescaldo das guerras napoleónicas, as ambições britânicas na África Austral aumentam com a descoberta de jazidas de diamantes, o que leva à primeira guerra bóer, entre Dezembro de 1880 e Março de 1881. Mal refeitos da guerra angli-zulú (1879), que liquidou a nação Zulú, os britânicos não logram vencer a resistência dos colonos holandeses e franceses que exploram as riquezas e povos da região desde o séc. XVII. O confronto termina com a concessão do governo do Transvaal aos bóeres, sob supervisão britânica. A trégua é curta. A corrida ao ouro atrai cada vez mais gente ao Transvaal e Estado Livre de Orange, ameaçando o domínio bóer. O ultimato do primeiro-ministro britânico Chamberlain a exigir livre trânsito para os «súbditos britânicos», em Setembro de 1899, abre as hostilidades. Recorrendo ao sistema de «terra queimada», os britânicos liquidam tudo à sua passagem. Estima-se que 250 000 pessoas, entre colonos e população negra, tenham sido expulsas das terras, presas e levadas para campos de concentração, onde cerca de 40 000 terão morrido. Em 1908, as colónias britânicas Natal, Cabo, Transvaal e Orange formam a União Sul-africana e instituem o regime de apartheid, o que é aprovado pelo parlamento britânico em 1910.