Cresce a mobilização para os desfiles pela paz de 25 e 29 de Junho

Marcados que estão os desfiles Paz sim! Guerra e corrida aos armamentos não! para 25 e 29 de Junho, respectivamente em Lisboa e no Porto, é tempo de divulgar os seus objectivos, alargar o número de subscritores e intensificar a mobilização.

Nos últimos dias, várias organizações e personalidades subscreveram o apelo

As acções do próximo dia 25 às 15h00 na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, e de dia 29 às 18h00 na Cordoaria do Porto, são convocadas pelos subscritores do Apelo com o mesmo título dos desfiles – personalidades de diferentes áreas e opiniões diversas sobre os desenvolvimentos da situação internacional, mas unidas na condenação da guerra e na profunda preocupação com o agravamento da situação mundial e os sérios perigos para a Humanidade que dele decorrem.

Foram 15 as personalidades que lançaram o apelo e os desfiles: a escritora Ana Margarida de Carvalho; o técnico de produção Armando Farias; o teólogo Frei Bento Domingues; a professora Deolinda Machado; o actor e encenador Fernando Casaca; o capitão de mar e guerra (ref.) Francisco Batista; a economista Ilda Figueiredo; o professor universitário João Veloso; o jornalista José Goulão; o presidente da Associação de Estudantes da FCSH-UNL José Pinho; o historiador Manuel Loff; a escritora Manuela Espírito Santo; o general (ref.) Pedro Pezarat Correia; a actriz Rita Lello; e o professor Rui Pereira.

Um clamor que se alarga
Aos subscritores iniciais estão a juntar-se outros. Nos últimos dias, fizeram-no Albino Paulo, dirigente associativo; Alfredo Cardoso da Conceição, gestor de projetos – dstgroup, membro da Comissão Política do PS em Barcelos e presidente da Associação Nacional de Dirigentes Sociais; Diana Pinto, historiadora e técnica de projectos na Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres; Fernando Lopes Correia, técnico superior da Administração Local e membro da Comissão Directiva da Associação Intervenção Democrática (ID); Guilherme Almeida, presidente da AE ESARC; Helena Rato, dirigente associativa; Hélio Bexiga Viegas, reformado e membro da Comissão Directiva da ID; Henrique Mendonça, oficial da Marinha de Guerra (comandante); Isabel Almeida, docente de Ensino Superior na FCSH-UNL; João Geraldes, técnico superior da Administração Local, deputado na Assembleia Municipal de Almada e presidente da Comissão Directiva da ID; João Luiz Madeira Lopes, advogado e vice-presidente da Comissão Directiva da ID; João Rafael Marques Santos, professor na Faculdade de Arquitectura de Lisboa; Joana Dias Pereira, historiadora; Luís Mendes, geógrafo, CEG-IGOT – Universidade de Lisboa; Maria João Milhano, contabilista certificada e membro da Comissão Directiva da ID; Pedro Azedo Varino, advogado e membro da Comissão Directiva da ID; Romão Lavadinho, sociólogo e presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses; e Vivina Nunes, educadora de Infância e vice-presidente da Comissão Directiva da ID.

Apoios colectivos
Para além de adesões individuais, foram já também muitas as organizações que expressaram o seu apoio ao Apelo e às duas iniciativas. Fizeram-no, até ao momento, as seguintes: Associação Amizade Portugal-Cuba; Associação Conquistas da Revolução; Associação de Estudantes da Escola Secundária Amélia Rey Colaço; Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin; Associação Portuguesa de Juristas Democratas; Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional; Coletivo Múmia Abu Jamal; Conselho Português para a Paz e Cooperação; Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas; Frente Anti-Racista;

Interjovem; Intervenção Democrática; Juventude Comunista Portuguesa; Movimento Democrático de Mulheres; MURPI – Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos; Organização dos Trabalhadores Científicos; Projecto Ruído; Sindicato dos Professores da Região Centro; Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa; União de Sindicatos de Leiria; União de Sindicatos de Lisboa; União Sindical de Torres Vedras, Cadaval, Lourinhã, Mafra e Sobral de Monte Agraço; União dos Sindicatos do Distrito de Braga; União de Sindicatos do Distrito de Leiria; União de Sindicatos do Distrito de Santarém; União de Resistentes Antifascistas Portugueses.

As inscrições para subscrever o apelo, sejam individuais ou colectivas, deverão ser dirigidas para o endereço de correio electrónico [email protected].

Em todo o País, em múltiplas e diversificadas iniciativas, afirma-se o Apelo, ganha-se novos subscritores e divulga-se as datas, locais e objectivos dos desfiles.

 

Razões e objectivos

No Apelo Paz Sim! Guerra e Corrida aos Armamentos Não! enumera-se as razões que motivam a convocação dos dois desfiles, que a seguir se sintetiza.

«O respeito pelos princípios do direito internacional, conformes com a Carta da ONU e os constantes na Acta Final da Conferência de Helsínquia, é o caminho para garantir a paz, a segurança, a cooperação, a justiça, os direitos dos povos.»

«O aumento das despesas militares, a corrida aos armamentos, a produção de mais sofisticadas armas, incluindo nucleares, a instalação de mais bases militares em países terceiros, representam uma inquietante ameaça para todos os povos da Europa e do mundo (…).»

«O empenho da diplomacia para a solução política dos conflitos não deve ser substituído pela ingerência, pela desestabilização, pelos bloqueios e as sanções, pelas intervenções, invasões e ocupações militares, pela guerra, pelo uso ou a ameaça do uso da força nas relações internacionais (…)»

«As sanções, para além de se inserirem na lógica da confrontação, como se constata, atingem sobretudo as condições de vida das populações, tanto nos países que as sofrem como nos que as impõem.»

«Abril abriu as portas da paz, pondo fim à guerra colonial e consagrando na Constituição da República Portuguesa importantes princípios – como a não ingerência nos assuntos internos de outros Estados, a solução pacífica dos conflitos internacionais, a dissolução dos blocos político-militares, o desarmamento geral, simultâneo e controlado –, repudiando o militarismo e a guerra nas relações internacionais

«É imprescindível e urgente que as autoridades portuguesas não contribuam para a escalada de confrontação e de guerra, mas para a criação de condições de diálogo (…).»



Mais artigos de: Nacional

«Cabaz cheio de nada» para a Agricultura

«Aumenta o gasóleo agrícola, os fertilizantes, os adubos, as sementes, o preço pago pelo consumidor. Aumenta tudo, menos o preço pago ao produtor e o investimento do Governo PS no sector», alerta a CNA.

Diminuição dos serviços de saúde nas freguesias rurais de Aljustrel

A CDU alerta para a degradação do estado da saúde em Aljustrel, situação que ficou mais visível com a pandemia. Nesta diminuição da assistência fornecida pelos serviços regionais de saúde, destaca-se, pela negativa, a diminuição dos serviços prestados às populações nas freguesias rurais, mais evidente em Ervidel. Em...