A solidariedade não se pode bloquear
Centenas de amigos de Cuba participaram em Havana num Encontro Internacional de Solidariedade, onde se afirmou que a solidariedade não se pode bloquear como os alimentos, os medicamentos ou até o oxigénio que os imperialistas negaram a Cuba nos piores momentos da pandemia de COVID-19.
Encontro Internacional de Solidariedade reuniu em Cuba mais de mil representantes de 60 países
«Cuba nunca esquecerá este dia nem os que vieram estar connosco na primeira celebração do 1.º de Maio nas condições muito difíceis em que a pandemia da COVID-19 deixou o mundo dos trabalhadores em todas as latitudes». A afirmação é do primeiro-secretário do Comité Central do Partido Comunista de Cuba e presidente da República, Miguel Díaz-Canel, no encerramento, no dia 2, do Encontro Internacional de Solidariedade em Havana, com a participação de 1077 representantes de 60 países.
Ao explicar as consequências do agravamento, desde 2019, do bloqueio a Cuba, o dirigente cubano denunciou que os Estados Unidos da América declaram todos os dias que os direitos humanos do povo de Cuba são a prioridade da sua política relativa ao país caribenho, mas, contudo, querem provocar o colapso da economia a fim de fazer perigar o sustento quotidiano da população.
«Trata-se de uma política falhada – sublinhou – que voltará a fracassar no seu propósito de derrubar a Revolução e tentar, uma vez mais, a forçar o povo e o governo de Cuba a desistir de construir um projecto de justiça e bem-estar para todos».
«O plano dos EUA continua a ser exercer a máxima pressão para gerar desestabilização e, com apoio de operações de desinformação, responsabilizar o nosso governo pelo impacto do desumano cerco económico e financeiro», acusou. Insistiu que essa política é falaz e violadora dos direitos humanos e do direito internacional e assegurou que, «uma vez mais, vamos superá-la e continuaremos para diante, fortalecidos com a resistência criativa, o talento, a inteligência, a audácia e o valor, com a certeza na vitória». E ratificou que Cuba defende, como essenciais, a independência, a soberania, a democracia socialista, a paz, a eficiência económica, a segurança e as conquistas de justiça social, o socialismo.
Depois de ressaltar que no 1.º de Maio o povo cubano enviou «uma forte mensagem ao mundo», Díaz-Canel destacou que «a solidariedade não se pode bloquear como os alimentos, os medicamentos ou mesmo o oxigénio que os imperialistas nos negaram nos piores momentos da pandemia».
A solidariedade, asseverou, «só reconhece necessidades e exigências humanas e coloca quem a dá e a recebe no escalão mais elevado da nossa espécie». E garantiu que ela «continuará a ser uma arma indestrutível de luta e, ao mesmo tempo, uma mensagem permanente e inesgotável de paz, impossível de silenciar».
Guantánamo deve
ser devolvida a Cuba
O presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), Fernando González, exigiu a devolução ao seu país do território ocupado ilegalmente pela base naval dos EUA em Guantánamo.
Ao inaugurar nessa cidade, no dia 4, o VII Seminário Internacional de Paz e pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras, com delegados de uma vintena de países, o Herói da República denunciou que essas instalações, no extremo oriental de Cuba, são usadas por Washington para fornecer meios logísticos à marinha de guerra norte-americana. O enclave constitui também uma base para a invasão de países da América Latina e de outras regiões.
Por isso, o presidente do ICAP expressou a exigência do povo cubano, no respeito pela Carta das Nações Unidas, da «devolução das terras ocupadas, desde 1903, aos seus legítimos donos».
Durante o seminário, de dois dias, a presidente do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, manifestou o seu repúdio pela usurpação estrangeira do território de Guantánamo e condenou o papel da NATO como detonador de guerras.
Após o fórum, realizou-se a reunião regional da América-Caraíbas do CMP, no quadro da preparação da XXII Assembleia Mundial da organização, prevista para Agosto, no Vietname.