A iniciativa de protesto foi promovida pela Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO), filiada na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), e contou com a participação de mais de 50 tractores, que exibiam faixas de protesto, como «Isenção de IVA e imposto no gasóleo agrícola», «Preços justos na produção. Num produto, a grande distribuição fica com 80 por cento do valor» ou «Agricultores a penar, grandes superfícies a engordar».

Depois de percorrerem 30 quilómetros em marcha lenta, os agricultores concentraram-se na Avenida Fernão de Magalhães, junto à delegação da Direcção Regional de Agricultura e Pescas (DRAPC). Ali, uma delegação foi recebida pelo director-regional a quem se voltou a entregar uma exposição dirigida ao primeiro-ministro, à ministra da Agricultura e a outros órgãos de soberania. Nesse documento, os agricultores reclamam, entre outras medidas, a regulação dos preços dos factores de produção, a criação de mecanismos para que os preços à produção sejam justos ou que o Governo assuma a responsabilidade de seguros agrícolas públicos.

Durante a acção foi distribuído um documento à população, alertando para o facto de a grande distribuição e a transformação arrecadarem 80 por cento do que cada cidadão paga pelos produtos agrícolas nos supermercados. Nesse sentido, exige-se a criação de uma lei que proíba que se pague aos agricultores abaixo dos custos de produção.

Aveiro
No dia 15 de Maio, a União de Agricultores e Baldios do Distrito de Aveiro promove, às 11h00, em Válega, uma romagem às campas dos mártires do Corte das Vidreiras de 15 de Maio de 1939.

Gasóleo agrícola aumentou

Na segunda-feira, 2, ao contrário de outros combustíveis, o gasóleo agrícola subiu de preço, pelo menos três cêntimos por litro, em média.

A CNA reclama a descida significativa e rápida do gasóleo agrícola, o aumento dos descontos em vigor para o gasóleo agrícola e a regulação do preço dos combustíveis e de outros factores de produção.