2 de Abril 1982 – Guerra das Malvinas

O ar­qui­pé­lago das Mal­vinas, 200 ilhas no Atlân­tico Sul com es­cassos dois mil ha­bi­tantes, é uma co­lónia bri­tâ­nica desde Ja­neiro de 1833, data em que um con­tin­gente mi­litar ca­pi­ta­neado por John James Onslow des­ti­tuiu o go­ver­nador e a guar­nição ar­gen­tinas e tomou posse do ter­ri­tório. Si­tu­adas a cerca de 15 000 Km de Lon­dres, as ilhas, re­bap­ti­zadas Fal­kland, eram con­si­de­radas pelos in­gleses como terras de nin­guém, apesar de terem es­tado sob a ju­ris­dição do vice-rei­nado es­pa­nhol do Rio da Prata e sido re­cla­madas em 1820 como parte in­te­grante da Ar­gen­tina após a in­de­pen­dência do país. A pre­tenção não foi re­co­nhe­cida pelos bri­tâ­nicos, que as co­lo­ni­zaram, de­sen­vol­veram uma eco­nomia ba­seada na cri­ação de gado e na pesca, e fun­daram Port Stanley, a ca­pital. Em 1982, a di­ta­dura mi­litar no poder na Ar­gen­tina or­dena a in­vasão. A pri­meira-mi­nistra bri­tâ­nica, Mar­garet That­cher, em queda de po­pu­la­ri­dade de­vido à sua ofen­siva contra os sin­di­catos, reage com vi­o­lência. Re­jei­tando qual­quer ne­go­ci­ação, a “Dama de Ferro” faz da re­con­quista da co­lónia no fim do mundo uma questão na­ci­onal. A guerra ter­mina a 14 Julho de 1982, com a vi­tória bri­tâ­nica. 40 anos de­pois, a Ar­gen­tina con­tinua a rei­vin­dicar as Mal­vinas, mas Lon­dres não ab­dica desta porta para a An­tár­tida.