O Partido prossegue a denúncia do aumento brutal dos bens e serviços essenciais e está na rua a esclarecer e a mobilizar.
No Porto, faz hoje uma semana, o PCP promoveu uma marcha no centro da cidade em protesto contra a escalada dos preços. A iniciativa terminou com a intervenção de Diana Ferreira, deputada comunista eleita pelo círculo eleitoral do distrito, que alertou para o facto de, a pretexto da guerra no Leste da Europa, os grandes grupos económicos aproveitarem para levar a cabo manobras especulativas de grande dimensão.
Diana Ferreira notou, ainda, que as crescentes dificuldades dos trabalhadores em sobreviver com salários de miséria contrastam com os lucros chorudos dos monopólios, enfatizando, além do mais, a legítima aspiração popular a uma vida melhor.
Já esta semana, na cidade de Lisboa, militantes do Partido distribuíram o folheto relativo à subida de preços dos combustíveis, do gás, da electricidade e da alimentação, no qual se afirma a necessidade de medidas além das de curto alcance anunciadas pelo Governo, entre as quais se destacam a regulação do preço dos combustíveis, a eliminação do adicional do ISP e o fim da dupla tributação, o alargamento da tarifa regulada na electricidade e a reposição do IVA desta nos 6 por cento.
Acções semelhantes dirigidas à maioria do povo decorreram a semana passada no distrito de Braga, com destaque para a iniciativa na estação de comboios de Braga, em que esteve a vereadora na Câmara Municipal, Bárbara Barros, informou a Organização Regional do PCP.
Alerta
De resto, depois de um primeiro folheto, o PCP tem uma nova edição em que insiste que «o custo de vida aumenta, e o povo não aguenta», explica o que está em causa e as soluções mais prementes e apela a que «os trabalhadores e as populações façam ouvir a sua indignação e protesto contra o aumento do custo de vida e exijam aumentos dos salários e pensões e mais direitos laborais», digam «basta de injustiças e empobrecimento».
Bombeiros
Entretanto, na passada sexta-feira, 25, Jerónimo de Sousa visitou a Associação Humanitária de Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal, aproveitando a ocasião para voltar a alertar para as dificuldades que enfrentam as corporações, em particular face ao crescimento galopante do gasóleo, pelo que, defendeu, se impõe que o Governo permita a sua aquisição «com redução ou isenção total do imposto especial de consumo».