A Associação Portuguesa de Deficientes (APD) criticou a decisão do Comité Paralímpico de banir os atletas russos e bielorussos com deficiência dos Jogos Paralímpicos Inverno Pequim 2022, classificando-a de «insólita», «grave» e «discriminatória».

«Decisão insólita porque tal nunca aconteceu nas múltiplas situações de guerra, de que são exemplos mais recentes a Palestina, o Iraque, a Líbia, o Afeganistão e o Yemen», recorda a APD em nota de imprensa, onde sublinha que o caso assume gravidade porque «discrimina e penaliza atletas com deficiência sem qualquer responsabilidade na situação de guerra, contrariando os próprios fundamentos dos Jogos Olímpico».

Lavrando o seu protesto contra a decisão do Comité Paralímpico, a APD realça a sua firme condenação da guerra, de «qualquer guerra», reafirmando, por fim, a defesa da «resolução pacífica dos conflitos» e o seu apoio a «todos os esforços desenvolvidos nesse sentido».