«Guerra híbrida» é a nova designação da dinâmica complexa e flexível de um conflito que inclui operações militares, convencionais e irregulares, ciberguerra, espionagem, subversão, desinformação, chantagem política e económica, como na Ucrânia, com a preparação e execução do golpe de Estado de 2014, apoiado e organizado pelos USA, a acção xenófoba e fascisante dos golpistas e do imperialismo e o ataque militar ao Donbass, a intervenção militar russa e a escalada belicista da NATO e da UE, todo um caminho dramático que importa condenar, em defesa da Paz.
Cabe aqui referir elementos de guerra híbrida menos mediatizados, por serem mais do contexto que do «pensamento único» imposto pelas classes dominantes: as imagens de concentrações de forças russas obtidas por «satélites comerciais» demonstram que militares dos USA estão a monitorizar e a combater nesta guerra, comandando forças da Ucrânia, cujas divisões de elite foram enquadradas pela NATO há uns poucos meses; as acções de hackers do grupo «Anonymous», mais o Twitter e os gabinetes de ciberguerra dos USA, alegadamente concretizadas contra alvos sensíveis do Estado russo, porque carecem de preparação exigente, demonstram que a intervenção NATO estava preparada desde que Washington decidiu instigar esta guerra em benefício dos USA - um dia destes aparece o bestseller «Como Biden provocou a guerra na Ucrânia»; o poder real na Ucrânia reside algures, entre os USA e o comando NATO, os seus agentes internos desde 2014, vindos da Lituânia, da Geórgia, etc., um «office» texano de gestão do caos no país e um «gabinete de comunicação» oficial, de «fake news» e provocação, que todos os dias preconiza a guerra atómica em vez de procurar caminhos de Paz.
E como paradigma da «guerra híbrida» e de quem a comanda, a «censura global», em Portugal, na UE, onde quer que o imperialismo decida - proibição de media russos de «desinformação de guerra», Televisão RT e Agência Sputnik -, abolição de opiniões não ditadas pelas «redes sociais» e os media dominantes, extermínio da história, exclusão dos jornalistas que questionem a «verdade indiscutível», ditadura mediática de «choque e terror». Proíba-se a Rússia, a China e o comunismo – tudo tão previsível como o aprofundamento da crise do capitalismo.