Venezuela enfrenta sanções impostas pelos EUA e pela UE

A Venezuela enfrenta hoje os efeitos de mais de 500 medidas coercivas unilaterais impostas como parte da estratégia dos EUA para uma operação de «mudança de regime» no país sul-americano.

Meio milhar de medidas coercivas ilegais visam destruir economia venezuelana

O presidente Nicolás Maduro reiterou, junto do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a condenação das acções coercivas e outras disposições ilegais, directas e indirectas, visando destruir a economia venezuelana, desestabilizar o sistema democrático e acabar com o modelo social inclusivo da Revolução Bolivariana.

«As acções ilegais contra o nosso povo, executadas pela elite imperialista dos EUA, pela elite neocolonial da União Europeia e por outros Estados e organizações, violaram os direitos humanos do nosso povo e o direito ao desenvolvimento», acentuou.

Repudiou a campanha sustentada na imprensa internacional que pretende criminalizar as autoridades venezuelanas, bem como os actos desestabilizadores promovidos por Washington, como tentativas de golpes de Estado e incursões mercenárias.

«Sabotagens contra a infra-estrutura vital e os serviços públicos somam-se ao plano de guerra económica, que pretende o que eles chamam “mudança de regime” e o controlo dos recursos naturais e das riquezas da Venezuela», denunciou.

Lembrou que, como parte da política sancionatória dos EUA e seus aliados, o Banco de Inglaterra, com o apoio do governo do Reino Unido, mantém sequestradas 31 toneladas de ouro pertencentes às reservas internacionais da Venezuela. Destacou também que o Novo Banco, em Portugal, tem congelados mais de mil milhões de dólares da Venezuela, enquanto o City Bank transferiu de modo ilegal 342 milhões de dólares pertencentes ao país bolivariano para uma conta do Tesouro norte-americano.

«Com esse dinheiro pagam as operações da organização criminosa internacional que, com base numa ficção de reconhecimento de um governo inexistente, executa planos contra o nosso país», explicou. E mais: negam ao Estado venezuelano o direito de empregar os seus recursos na compra de vacinas, medicamentos, alimentos e outros bens durante a pandemia.

Maduro realçou que as sanções privaram a Venezuela de 99 por cento das suas receitas em divisas por exportações e de pelo menos 30 mil milhões de dólares em activos bloqueados no exterior. E alertou para as pretensões de utilizar o sistema internacional de direitos humanos como instrumento para substituir governos não alinhados com os interesses hegemónicos do Ocidente e impor «fórmulas de colonialismo judicial a países soberanos».

Incursões para-militares
e manobras EUA-Colômbia

A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), da Venezuela, prossegue as operações defensivas no Estado de Apure, visando neutralizar os bandos para-militares infiltrados a partir da Colômbia.

Os efectivos da FANB operando na região intensificaram as acções de busca e destruição de acampamentos utilizados pelos grupos Tancol («terroristas armados narcotraficantes colombianos»).

Por outro lado, o ministro da Defesa da Venezuela, Padrino Lopez, rechaçou os recentes exercícios navais conjuntos levados a cabo no mar das Caraíbas pelas marinhas dos EUA e da Colômbia.

As manobras tiveram lugar no âmbito da NATO e dos acordos de associação assinados entre a aliança militar e o governo de Bogotá.




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