Lauro António deixa legado no cinema
Crítico de cinema, cineasta, programador, conferencista, ensaísta, realizador e autor de uma longa bibliografia, Lauro António faleceu, aos 79 anos, na manhã de dia 3, em Lisboa, vítima de um ataque cardíaco.
Nascido em Lisboa, em 1942, foi apenas no ano de 1975 que realizou o seu primeiro filme profissional, a curta-metragem documental Vamos ao Nimas, sobre os cinemas de Lisboa.
Cinco anos depois, dedica-se à adaptação do romance Manhã Submersa, de Virgílio Ferreira, que se sagrou como o seu mais conhecido filme.
A intensa actividade em torno do cinema fê-lo programar para várias salas de cinema, colaborar com a RTP1 e a RDP, publicar ensaios, dirigir festivais de cinema e leccionar cursos de cinema. Em 1990, estreou-se como encenador, com a peça Encenação, mas ficou mais conhecido pelo programa televisivo Lauro António Apresenta, que assegurou a partir de 1994, na TVI.
Actualmente, Lauro António desenvolvia uma intensa actividade cultural em Setúbal, em estreita colaboração com a Câmara Municipal, da qual se destaca a Casa das Imagens, uma biblioteca com mais de 50 mil peças doadas pelo próprio cineasta.