No domingo, na noite eleitoral da CDU, perante as previsões para a abstenção divulgadas ao princípio da noite pelas televisões, Bernardino Soares, do Comité Central (CC) do PCP, saudou a «participação em maior número da população portuguesa», até porque «estas eleições (legislativas) se realizam num cenário de epidemia e de alguns constrangimentos».

A partir das 20h00, à medida que iam sendo conhecidas as projecções dos resultados, membros da direcção do PCP iam comentando os números avançados.

Sempre em ambiente de grande tranquilidade, o momento mais marcante aconteceu, naturalmente, com a entrada de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, acompanhado por membros dos organismos executivos do Partido. «CDU!» foi o mote repetida com alegria, por muitas dezenas de activistas – a maior parte jovens, que o Secretário-geral do PCP saudou de forma particular pela «energia, alegria e combatividade» que deram à campanha. Também não foram esquecidos os activistas da CDU e as muitas pessoas sem filiação partidária que, «com uma extraordinária dedicação, assumiram o trabalho de mobilização e esclarecimento para o voto, realizando, em circunstâncias particularmente difíceis, uma campanha de massas, que levou a todos os cantos do País as razoes de voto na CDU».

Aos eleitores que depositaram na CDU a sua confiança, particularmente aos muitos que o fizeram pela primeira vez, Jerónimo de Sousa assegurou-lhes que «esse voto e esse apoio não se esgota no dia da eleição, antes será utilizado na sua plenitude ao serviço da defesa dos direitos e aspirações dos trabalhadores e do povo».

Terminou reafirmando o compromisso da CDU «de prosseguir e intensificar a intervenção e a luta, para defender e avançar nos direitos e nas condições de vida, por um País desenvolvido e soberano, por um Portugal com futuro».

No palco estiveram também José Luís Ferreira, João Geraldes e Deolinda Machado, da Coordenadora Nacional da CDU.

José Luis Ferreira, da Direcção Nacional do PEV, referiria que «o nosso compromisso é continuar a trabalhar para afirmar os valores que acreditamos», em «defesa da justiça social, do desenvolvimento sustentável do País, dos serviços públicos, da estabilização do clima, do combate às alterações climáticas», manifestando vontade de «trazer o interesse público para o centro das decisões políticas», nomeadamente «no que diz respeito à localização do novo aeroporto de Lisboa ou da exploração de lítio».