OS TRABALHADORES E O POVO PODEM CONTAR COM O PCP

«Determinação e confiança»

O Comité Central do PCP, reunido a 1 de Fevereiro, analisou os resultados das eleições antecipadas para a AR e o quadro político que delas resultou; examinou a situação nacional; apreciou elementos da situação internacional; apontou linhas de acção, iniciativa política e de reforço do Partido, para responder às exigências que se colocam.

 

A realização das eleições não ilude os problemas e dificuldades que estão colocadas aos trabalhadores, ao povo e ao País. De facto, a evolução da situação do País impunha que se procurassem soluções para os mesmos, mas em vez disso o PS, ambicionando uma maioria absoluta, em convergência com o Presidente da República, precipitou a realização de eleições com o objectivo de os adiar e fugir às respostas que se impunham.

A obtenção da maioria absoluta pelo PS, que beneficiou de uma extrema promoção da bipolarização e da dramatização do perigo da direita, deixa-o com condições para levar mais longe o seu compromisso com a a política de direita, com as suas opções de subordinação aos interesses do grande capital e às imposições da União Europeia.

O resultado obtido pela CDU traduz uma quebra eleitoral com significativa perda de deputados, incluindo a representação parlamentar do PEV, ficando aquém do trabalho realizado e do determinante contributo da CDU para os avanços e conquistas conseguidos, do valor da proposta de soluções para os problemas do País. Representa, por isso, um elemento negativo na vida nacional.

Neste quadro mais difícil o PCP reafirma a sua determinação de prosseguir e intensificar a intervenção em defesa dos trabalhadores e do povo e para dar solução aos problemas do País, que não está condenado às injustiças, às desigualdades, à estagnação económica e ao retrocesso social.

O PCP reafirma que é preciso romper com a política de direita e adoptaruma política alternativa patriótica e de esquerda.

A situação do País, marcada pelos baixos salários, pela precariedade, pela desregulação dos horários, bem como pela degradação dos serviços públicos e pela dependência económica, exige o desenvolvimento da luta de massas, unindo os trabalhadores e o povo em torno dos seus interesses e reivindicações, nomeadamente pelo aumento dos salários, da valorização das carreiras e das profissões, da redução do horário de trabalho para 35 horas semanais, do combate à desregulação dos horários, da erradicação da precariedade, da revogação das normas gravosas da legislação laboral e em defesa da contratação colectiva.

 

No mesmo sentido, o Comité Central do PCP apela a uma ampla participação nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, nomeadamente na manifestação nacional de mulheres convocadas pelo MDM para 5 e 12 de Março, respectivamente em Lisboa e Porto e nas acções programadas pela CGTP-IN para a Semana da Igualdade de 7 a 11 de Março; nas manifestações promovidas pela CGTP-IN em Lisboa e no Porto, no dia 31 de Março, em torno do Dia Nacional da Juventude; nas comemorações populares do 48.º aniversário do 25 de Abril, bem como nas comemorações do 1.º de Maio promovidas pela CGTP-IN, que no tempo presente assumem uma redobrada importância e significado.

Face à situação e ao quadro político, o PCP aponta também para a necessidade de uma intervenção centrada na defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores e do povo e na exigência de soluções para o País, no alargamento do trabalho unitário, no estímulo ao fortalecimento das organizações unitárias de massas, da dinamização da luta de massas e do esclarecimento, intervenção e mobilização política, em que se inserem as sessões públicas que se realizam em Lisboa (5 de Fevereiro), Porto (13 de fevereiro) e Setúbal (19 de Fevereiro).

Assume particular importância a realização do comício de 6 de Março, no Campo Pequeno, que culmina as comemorações do Centenário do PCP, assinala o seu 101.º aniversário e constituirá uma grande acção de massas inserida na luta pela resolução dos problemas nacionais, pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo, contra a exploração e o empobrecimento, pela ruptura com a política de direita, por uma política alternativa, pela afirmação do ideal e projecto comunistas.

O Comité Central do PCP decidiu ainda a realização de reuniões e plenários de militantes, sobre a situação, os problemas dos trabalhadores e do povo, a luta de massas, a mobilização de forças e a adopção de acções e medidas para o reforço da organização partidária e da intervenção do Partido na vida nacional, sublinhando a necessidade do reforço do Partido, concretizando as orientações do XXI Congresso.

 

Hoje como sempre, é no PCP que se encontrará essa força de todos os dias para os combates e a luta dos trabalhadores e do povo em defesa dos seus interesses e aspirações, pela alternativa patriótica e de esquerda, afirmando o Programa do Partido, a luta por uma sociedade nova.