CDU, O VOTO QUE DECIDE

«Salários, pensões, direitos, saúde»

A três dias das eleições, a campanha eleitoral é o elemento dominante da situação política e social, num quadro também marcado pelo aproveitamento da epidemia para explorar o medo com o objectivo de condicionar o acto eleitoral.

Na mesma linha de condicionamento, os grandes órgãos da comunicação social tentam fazer passar a ideia de que o que está em causa nestas eleições é eleger o primeiro-ministro, tudo se decidindo assim – como procuram fazer crer – entre o PS e o PSD.

É, na prática, a velha tentativa de, através da bipolarização, assegurar as condições para eternizar a política de direita ao serviço dos interesses do grande capital, que os governos do PS ou PSD (com ou sem o CDS) sempre protagonizaram.

Ora, como repetidas vezes o PCP tem afirmado e a campanha da CDU não se cansa de lembrar, nestas eleições não se trata de escolher o primeiro ministro, trata-se, isso sim, de eleger 230 deputados.

E, como a vida comprovou nos últimos seis anos, foi o reforço da CDU que contou para concretizar o que, antes, para muitos, parecia impossível: pôr fim ao governo de desastre nacional do PSD/CDS e avançar na defesa, reposição e conquista de direitos. Avanços esses que só não foram mais longe nas respostas estruturais aos problemas do País, porque o PS, não tendo abdicado das suas opções de submissão às imposições da UE e do euro e de subordinação ao domínio do capital monopolista, em conjugação com o PSD e CDS (e seus sucedâneos do Chega e Iniciativa Liberal), inviabilizou todas as propostas do PCP situadas na linha de ruptura com a política de direita. Foi o caso, entre muitas outras, das propostas de revogação das normas gravosas da legislação laboral, da nacionalização do Novo Banco, do controlo público dos CTT.

Mas o País não está condenado a esta bipolarização da alternância sem alternativa. O reforço da CDU determinará as condições para a concretização de uma outra política, que sirva os interesses dos trabalhadores e do povo e resolva os problemas nacionais.

 

Os principais órgãos da comunicação social, nas mãos e sob a batuta do grande capital, tudo têm feito para silenciar, deturpar ou desvalorizar as soluções que a CDU tem para o País. Mas, por mais que lhes custe, é o povo que decide. Que decide nas muitas lutas a travar e nas opções de voto a assumir.

Sendo certo que, fazendo a luta e o voto parte da mesma intervenção, importa que a luta seja levada até ao voto para que, a partir das eleições, o voto seja levado até à luta, nas batalhas que urge continuar a travar: pelo aumento geral dos salários, como emergência nacional; para combater a precariedade, por horários dignos e revogação das normas gravosas da legislação laboral; para a defesa e afirmação dos direitos das crianças e dos pais; para a valorização das reformas e pensões; para garantir o direito à saúde e para salvar o Serviço Nacional de Saúde; para garantir o direito à Educação, à Ciência, à Cultura e ao Desporto, nomeadamente com mais e melhores serviços públicos; para assegurar o direito de todos à habitação e à mobilidade; para uma justiça independente e acessível e o combate à corrupção; para garantir justiça fiscal; para um ambiente saudável; para assegurar desenvolvimento económico (com mais produção, mais emprego e defesa das MPME).

Com mais votos e mais deputados, a CDU terá mais peso nas soluções que decidirão do futuro do País e das soluções para resolver os problemas da vida dos trabalhadores e do povo.

 

Que ninguém se engane nas escolhas. É preciso dar mais força à CDU para impedir que tudo continue na mesma ou para que se concretize uma política de retrocesso social.

É preciso avançar na defesa e conquista de direitos, na ruptura com a política de direita, na concretização da alternativa patriótica e de esquerda que faz falta a Portugal.

É esta a mensagem que, numa campanha de contacto directo e de massas, milhares de candidatos, activistas e amigos da CDU têm levado aos trabalhadores e às populações, num notável esforço de esclarecimento e de mobilização para o apoio e o voto na CDU, que importa prosseguir.

 

Numa situação política, económica e social de grande exigência, este combate é a razão do entusiasmo e da confiança que se vive na acção geral da CDU, como se está a ver nas múltiplas e diversas iniciativas da campanha. Dinâmica de força e confiança que continuará até ao próximo domingo e se projectará na acção futura da Coligação PCP-PEV, com quem os trabalhadores e o povo sabem poder contar. O voto na CDU é, de facto, o voto que decide.