O presidente dos EUA assinou o orçamento militar do país para o próximo ano fiscal, que atinge 768 mil milhões de dólares – o maior de sempre. As despesas militares em 2022 superam em 28 mil milhões os gastos de 2021.
O presidente dos Estados Unidos da América, Biden, assinou na segunda-feira, 27, a Lei de Autorização de Defesa Nacional, que estabelece os gastos militares do governo norte-americano para o próximo ano fiscal. A lei foi aprovada previamente pelo Congresso.
O orçamento prevê outorgar aos programas militares, tanto do Pentágono como de outros departamentos – como o programa nuclear supervisionado pelo Departamento de Energia – 768 mil milhões de dólares. Esta soma supera a maior despesa militar anterior, que foram os 740 mil milhões aprovados para 2021 durante a presidência de Donald Trump. Na verdade, é mesmo superior aos quase 753 mil milhões que o Pentágono tinha proposto.
A lei prevê mais compras de aviões do que as planeadas pelo Departamento de Defesa. Além disso, inclui consideráveis despesas militares para a confrontação contra a China e a Rússia.
Por um lado, consagra a atribuição de 4000 milhões de dólares à dita Iniciativa Europeia de Dissuasão, idealizada para a pressão e cerco militar contra a Rússia, assim como a concessão de 300 milhões aos militares ucranianos e 150 milhões aos países bálticos, também para estes fins.
Por outro lado, para o confronto contra a China, a denominada Iniciativa no Pacífico de Dissuasão receberá 7100 milhões de dólares.
Para o presidente Biden, a lei aprovada introduz melhorias importantes em apoio à política agressiva dos EUA, não prevendo o encerramento da prisão instalada na base militar de Guantánamo nem obrigando à apresentação ao Congresso de relatórios sobre os equipamentos militares perdidos pelos EUA durante a retirada do Afeganistão, por alegadamente conterem «informação classificada».