Centenário do PCP pelo País

«O PCP e a luta pela Reforma Agrária» foi o tema do debate realizado, dia 11, na biblioteca municipal de Serpa, inserido nas comemorações do Centenário do Partido. Intervieram Abílio Fernandes, Neves Borges, Ana Benedita, Inês Fonseca e João Frazão, que realçaram a presença constante dos comunistas junto dos operários agrícolas, os combates travados durante a ditadura fascista, entre os quais sobressai a conquista da jornada de oito horas, em 1962, e a luta pela Reforma Agrária e em sua defesa. Foi ainda sublinhada a necessidade de uma nova reforma agrária, questão fundamental para assegurar a soberania alimentar do País, travar a desertificação do Interior e criar emprego, parte integrante da política patriótica e de esquerda que o PCP propõe.

No mesmo dia, mas em Grândola, debateu-se «A luta pela liberdade e a democracia – o papel do PCP», na qual participaram Domingos Abrantes, resistente antifascista e militante comunista, e Paula Santos, membro do Comité Central e primeira candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal.

O primeiro destacou, na sua intervenção, o papel determinante do PCP no combate ao fascismo, o único partido que não desapareceu ou desertou quanto os trabalhadores e o povo português mais precisavam dele. Esta luta permanente pela liberdade e a democracia foi muita vezes paga com a vida de comunistas e com prisões, que, somadas, elevam-se a várias centenas de anos. Paula Santos, por seu lado, centrou-se no papel do PCP após a Revolução e até aos dias de hoje: a liberdade de expressão e sindical, o Serviço Nacional de Saúde, a Constituição da República, são algumas das conquistas de Abril que tiveram o contributo decisivo do PCP, que se mantém, hoje, na luta pela sua defesa.

Na véspera, em Viana do Castelo, a sala foi pequena para as várias dezenas de pessoas que participaram num debate promovido por aquela organização concelhia sobre «O controlo público da banca e outros sectores económicos estratégicos». Os oradores – Agostinho Lopes, da Comissão Central de Controlo, Miguel Tiago, da Comissão de Assuntos Económicos, Honório Novo e o primeiro candidato da CDU, Celestino Ribeiro – abordaram aspectos da situação actual do País e a sua relação com as privatizações e a ausência de controlo público de alavancas fundamentais.

As intervenções da audiência animaram e fortaleceram a reflexão colectiva sobre a natureza dos grandes grupos económicos e a necessidade da colocação dessas empresas e sectores ao serviço das populações e do País: da banca aos Estaleiros de Viana, só uma economia que equilibre os sectores público, social e privado pode dar resposta aos problemas do País, cumprindo aliás os comandos e projecto constitucional de Abril.



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