«Marcha atrás nos direitos dos trabalhadores, na defesa do Serviço Nacional de Saúde e da Escola Pública, na valorização dos salários e das reformas, ou na garantia do direito à habitação», continuou Jerónimo de Sousa, no pavilhãoda Associação Humanitária dos Bombeiros de Sacavém, onde estiveram cerca de 300 pessoas.

Neste sentido, continuou o dirigente comunista, «é preciso»pôr travão ao PS e ao PSD, dando «mais força à CDU e virar à esquerda na política nacional, para resolver os problemas do País e melhorar a vida dos portugueses». «Até 30 de Janeiro temos de acelerar o esclarecimento, o contacto com as populações, a divulgação das nossas conquistas e das nossas propostas e a valorização dos nossos candidatos», apelou, dirigindo-se a todos «os que viram os seus direitos defendidos» e «beneficiaram de avanços e de novos direitos» pela intervenção da CDU.

Antes, Jerónimo de Sousa criticou a «superficialidade» do debate a propósito das próximas eleições, «em que se fala de acordos ou da falta deles, de polémicas com listas e lugares e outras questões da mesma família» e avançou com um conjunto de «medidas de enorme importância» que foram alcançadas pela CDU nos últimos anos, «mesmo quando o Governo do PS resistia, adiava, encontrava mil e uma desculpas para as não concretizar». Referiu-se à consagração do passe inter-modal, aos manuais escolares gratuitos para o primeiro ciclo de escolaridade e à aprovação da Lei que consagra creches gratuitas para todas as crianças.

Confiança no futuro
O comício arrancou com um momento cultural proporcionado por Solange Campos, Duarte Figueiredo e Andreia Fadista: os «Sons da Liberdade». Na sala, entre muitos candidatos, activistas e apoiantes, estiveram Joana Silva, da Direcção Nacional (DN) do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), João Ferreira e Ricardo Costa, ambos da Comissão Política do Comité Central (CC) do PCP, e Francisco Lopes, do Secretariado e da Comissão Política do CC do PCP.

Mais 400 novos apoiantes

Bernardino Soares, mandatário da candidatura pelo circulo eleitoral de Lisboa, anunciou que, nos últimos dias, «mais de 400 pessoas sem filiação partidária ou até de outros quadrantes políticos» do distrito «deram o seu apoio à CDU», porque sabem que é com esta força política que «o País avança e a vida do nosso povo melhora». «Temos bons candidatos, bons apoiantes e boas propostas. Falta termos um bom resultado eleitoral e para isso precisamos do contributo de todos», salientou o mandatário.

De igual forma, João Geraldes, presidente da Direcção da Associação Intervenção Democrática, afiançou que o «reforço da capacidade de influência da CDU, em número de votos e de eleitos na Assembleia da República (AR), será decisivo para que novos passos em frente possam ser dados, dificultando ou impedindo mesmo que o PS possa optar por impedir novos progressos e novas conquistas aliando-se, sistematicamente à direita».

Mariana Silva, da DN doPEV, frisou que as eleições de 30 de Janeiro «são uma oportunidade para reforçarmos os eleitos da CDU na AR» e «contribuir para que a vida dos portugueses e de quem escolheu viver em Portugal melhore». «Juntos iremos demonstrar aos eleitores que o determinante para continuar o caminho é o reforço da CDU», sublinhou.