PARA AVANÇAR É PRECISO REFORÇAR A CDU
«melhorar as condições de vida dos trabalhadores e do povo»
Como estava anunciado, no passado dia 5 de Dezembro, o Presidente da República dissolveu oficialmente a Assembleia da República e convocou eleições legislativas para 30 de Janeiro.
Como o PCP tem repetidas vezes afirmado, só há eleições antecipadas porque o Presidente da República e o PS assim quiseram. O País não precisa de eleições, precisa de respostas e soluções para os seus problemas. E é por essas soluções que o PCP, desde há muito, vem desenvolvendo a sua intervenção.
Mas, se o PCP considera que não eram necessárias estas eleições, também não as teme. Uma vez marcadas, cá está a intervir com a confiança que resulta da sua acção em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo e das suas propostas e soluções para os problemas do País.
Nesta situação, como em muitas outras circunstâncias no passado, o PCP assume as suas responsabilidades para fazer desta batalha política um novo momento da luta de fundo que prossegue por uma política alternativa patriótica e de esquerda que dê solução aos problemas nacionais que a política de direita acumulou.
Como sublinhou Jerónimo de Sousa na sessão pública da CDU, na terça-feira da semana passada, em Campo Maior, «todos temos consciência que vivemos um momento importante e exigente da vida nacional. (...) Um tempo onde está presente um novo combate eleitoral para a eleição de deputados à Assembleia da República e que nos coloca o importante desafio de o transformar numa oportunidade para criar as condições para dar a resposta aos muitos e graves problemas que o nosso País enfrenta.»
São problemas que não são de hoje, mas resultado de décadas de política de direita, orientada pela submissão à União Europeia e ao euro e subordinada aos interesses do grande capital. Uma política que gerou profundos e graves défices estruturais que se foram acumulando a começar pelo défice produtivo. Uma política que só não foi mais longe graças à luta dos trabalhadores e do povo e à intervenção do PCP, que, pela sua acção determinada, não só conseguiram imprimir importantes avanços na defesa, reposição e conquista de direitos como também impedir retrocessos.
Importa, pois, travar esta batalha com a convicção – que a vida desde há muito comprovou – que a CDU é a força decisiva e consequente para combater a política de direita e os projectos reaccionários, para dar voz e corpo às aspirações dos trabalhadores e do povo. E, sobretudo, que a solução para os problemas nacionais encontra na proposta e na política da CDU e no reforço da sua influência a primeira e mais decisiva condição, como foi sublinhado no Acto Público desta Coligação, na passada quinta-feira.
Posição reafirmada por Jerónimo de Sousa em Beja no domingo passado, ao sublinhar que «nestas eleições o voto na CDU é como uma vacina. É a mais eficaz vacina política para impedir essa doença terrível para o País que tem sido a política de direita; é a vacina que previne o regresso da direita ao poder, a maioria absoluta do PS, que reduz a possibilidade da concretização do bloco central e que não permite que o PS fique com mãos livres.»
Tendo em vista a melhoria das suas condições de vida, desenvolve-se também a luta dos trabalhadores em torno da acção reivindicativa nas empresas e locais de trabalho.
Por sua vez, o PCP prossegue e dinamiza a sua acção, realizando, nomeadamente, as múltiplas iniciativas inscritas no programa de comemorações do seu Centenário, que se desenvolverão até 6 de Março de 2022 e culminarão com o comício do seu 101.º aniversário, no Campo Pequeno, em Lisboa. Foi no âmbito destas comemorações que, com a participação do Secretário-geral do PCP, foram assinalados, no sábado passado, em Lisboa, os 60 anos da Fuga de Caxias de um punhado de combatentes que sabiam que o futuro não acontece, constrói-se e conquista-se com coragem, com trabalho, com organização colectiva, com este Partido Comunista que nunca virou a cara à luta e que continua presente na sociedade portuguesa como força de mudança e a dar resposta aos problemas do nosso tempo.
É com esta confiança, alicerçada nestes 100 anos de luta de um Partido que assumiu sempre o seu compromisso com os trabalhadores e com o povo – Partido que é preciso continuar a reforçar – que avançamos para esta batalha eleitoral, dinamizando os contactos, o esclarecimento, a mobilização para o apoio à CDU.