PELA POLÍTICA QUE O PAÍS PRECISA

Ainda sob o impacto positivo da manifestação nacional convocada pela CGTP-IN que, no passado dia 20 de Novembro trouxe à Avenida da Liberdade em Lisboa milhares e milhares de pessoas numa grandiosa acção de luta convergente pelo aumento geral dos salários, pelas 35 horas para todos, pela erradicação da precariedade e em defesa da contratação colectiva, prossegue a luta dos trabalhadores em torno da acção reivindicativa nas empresas e locais de trabalho e a luta das populações em defesa dos seus interesses, em particular do Serviço Nacional de Saúde – sujeito a um autêntico processo de assalto e destruição, com influência de diversos sectores em convergência com os interesses dos grupos económicos que vivem do negócio da doença – e dos serviços públicos.

É neste quadro que avança a preparação da importante batalha política das eleições legislativas de 30 de Janeiro, em que se inseriram, nas duas últimas semanas, a definição e divulgação dos primeiros candidatos da CDU pelos 22 círculos eleitorais e a realização de inúmeras iniciativas da Coligação Democrática Unitária, com destaque para o jantar/comício na Madeira na sexta-feira passada e a sessão pública anteontem em Campo Maior, com a participação do Secretário-geral do PCP.

No mesmo sentido, hoje mesmo, terá lugar em Lisboa o Acto Público «CDU – Força decisiva ao teu lado todos os dias».

O PCP irá desenvolver a sua intervenção nesta batalha eleitoral, a partir dos problemas concretos dos trabalhadores e do povo, afirmando respostas e soluções para uma política alternativa. Uma alargada intervenção junto dos trabalhadores e das populações, nas ruas e nos locais de trabalho, com a elaboração e divulgação de propostas no plano eleitoral, com uma intensa acção de esclarecimento e mobilização para o voto na CDU. Uma intervenção confiante na força que têm o percurso e as soluções que o PCP e a CDU apresentam ao povo português e vão ao encontro das suas genuínas aspirações.

Enquanto o PS, PSD e CDS (e os seus sucedâneos) vão concertando posições e arrumando forças para prosseguir a defesa dos interesses do grande capital, o PCP e a CDU tudo fazem e vão continuar a fazer para responder aos problemas do País e construir soluções para os enfrentar. É o caso dos avanços registados na gratuitidade das creches, por proposta do PCP recentemente aprovada na Assembleia da República, e que só não vai mais longe, como propunha e defende o Partido (gratuitidade assegurada rapidamente e sem mais elementos de atraso para todas as crianças e criação de uma rede pública de creches capaz de garantir vagas a todas as crianças), porque o PS e o PSD rejeitaram essas soluções.


Prosseguem também as comemorações do Centenário do Partido Comunista Português com uma grande diversidade de iniciativas por todo o País, com destaque para o espectáculo realizado no domingo passado na cidade do Porto, que deixou o Teatro Rivoli a transbordar de entusiasmo, força e confiança no futuro.

Foi de facto um espectáculo que contou com a participação de cerca de uma centena de artistas, que, pela arte, deram expressão a uma das dimensões da democracia avançada – a democracia cultural – que o PCP preconiza e propõe ao povo português. Como sublinhou Jerónimo de Sousa na sua intervenção, «ao longo de praticamente toda a sua história, o nosso Partido tem acompanhado e intervindo sobre as questões da cultura, exprimiu publicamente opinião acerca das dinâmicas e políticas culturais, reivindicou a democratização da cultura e combateu a sua elitização e isolamento em relação às aspirações populares.»

Entretanto, desenvolve-se a acção de reforço orgânico do PCP – com prioridade para a responsabilização de quadros, para o recrutamento e para o trabalho de fundos –, condição indispensável para a concretização de uma política alternativa que resolva os problemas do País.


É também no plano desta intensa actividade que se insere a reafirmação da solidariedade de sempre do PCPpara com a Palestina e a luta do povo palestiniano pelos seus direitos inalienáveis e do apelo ao reforço da solidariedade do povo português com a causa nacional da Palestina, no passado dia 29 de Novembro, quando se realizaram acções de solidariedade com aquele povo promovidas pelo movimento da paz e da solidariedade.

 

Como sublinha o comunicado da reunião do Comité Central de 21 de Novembro e a vida todos os dias vai comprovando, «o reforço do PCP e da CDU é o elemento decisivo para combater a política de direita e abrir caminho a uma política determinada pelos interesses dos trabalhadores, do povo e do País.»