Filho de um tecelão e de uma chapeleira, o pintor René François Ghislain Magritte nasceu em Lessines, Bélgica, e é um dos principais representantes do Surrealismo. Começa a pintar aos 12 anos e aos 18 entra na Académie Royale des Beaux-Arts de Bruxelas. As suas primeiras obras apresentam características do Impressionismo, mas as seguintes revelam já influências do Futurismo e do Cubismo, correntes que conheceu através do pintor e poeta Pierre-Louis Flouquet. Em 1926, influenciado pelo pintor grego Giorgio de Chirico, representante da pintura metafísica, pinta os seus primeiros quadros surrealistas como «O jóquei perdido». Muda-se para Paris no ano seguinte, onde se junta aos surrealistas, em particular a Paul Éluard, André Breton, Hans Arp, Joan Miró, Salvador Dalí. É aí que produz algumas das suas principais obras, como «Os Amantes», «O Falso Espelho», e «A Traição das Imagens», também conhecida como «Isto não é um cachimbo». Em 1934, Breton escolhe a obra de Magritte «A Violação» para capa da revista Qu’est-ce que le surréalisme?; em 1936, o pintor tem a sua primeira exposição nos EUA, início de uma série de mostras internacionais. Em 1965, a retrospectiva do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova Iorque presta-lhe a devida homenagem. Magritte morre dois anos depois.