Morreu Fernando Echevarría
O poeta e filósofo antifascista Fernando Echevarría morreu, no dia 4 de Outubro, aos 92 anos. Nasceu em Cabezón de la Sal, na província espanhola de Santander, na Cantábria, em 26 de Fevereiro 1929, mudou-se para Portugal em 1953, depois de cursar Humanidades, Filosofia e Teologia, em Espanha. A partir de 1961, por razões políticas, esteve exilado em Argel (Argélia) e Paris (França), onde fixou residência, em 1966. Fernando Echevarría regressou a Portugal na década de 1980, tendo-se instalado no Porto.
A sua primeira publicação, «Entre dois anjos», data de 1956. Seguiram-se «Tréguas para o Amor», em 1958, e «Sobre as horas», em 1963.
Ao longo da carreira publicou mais de duas dezenas de livros, estando a sua obra poética reunida em «Obra Inacabada», da Edições Afrontamento, a sua editora.
Echevarría colaborou com várias revistas nacionais e brasileiras, designadamente, Anto, Graal, Eros, Nova Renascença, Cavalo Azul, Colóquio/Letras, A Phala – Um Século de Poesia (1888-1988), Hífen e Limiar.
Fernando Echevarría recebeu vários prémios ao longo da vida, como o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1981, 1991 e 2009), o Grande Prémio de Poesia do P.E.N. Clube Português (1982 e 1999), o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, entre outros.
Em 2007 foi condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e distinguido, em 2019, com a Medalha de Mérito Cultural.