As políticas da União Europeia não servem os povos, denunciou João Pimenta Lopes, deputado eleito pelo Partido Comunista Português, intervindo no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no debate sobre o «Estado da União».
Na sessão do Parlamento Europeu sobre o «Estado da União», que decorreu em Estrasburgo, no dia 17, o deputado João Pimenta Lopes, do PCP, fez um balanço muito crítico da União Europeia (UE).
Face à pandemia, «temos uma UE obstinada na defesa dos interesses das multinacionais farmacêuticas, incluindo a oposição ao levantamento de patentes», lembrou.
Quanto à mobilização de fundos comunitários, realçou que só agora foi iniciada e de forma condicionada, «subordinada às prioridades definidas pela UE e não partindo das realidades e problemas que cada país enfrenta, não visando a superação de défices de países como Portugal».
Sobre a reposição dos constrangimentos draconianos do Pacto de Estabilidade, o deputado comunista considerou que se trata do «regresso à “ditadura do défice” que tem promovido a degradação dos serviços públicos, nomeadamente na Saúde». E reafirmou que o que se impõe «é a definitiva revogação deste Pacto».
Evocou a cimeira social que confirmou a «intenção de prosseguir a convergência no retrocesso em importantes áreas».
Denunciou que, a pretexto da transição «verde», seja promovida a desindustrialização de alguns países, com o consequente desemprego e o aumento da sua dependência.
Rejeitou uma Política Agrícola Comum (PAC) «que mantém uma repartição injusta e que promove a concentração da produção».
E enfatizou que, estas, como outras, «são políticas que não servem os povos, nomeadamente o povo português».