- Nº 2495 (2021/09/23)

Políticas da União Europeia não servem os povos

Europa

As políticas da União Europeia não servem os povos, denunciou João Pimenta Lopes, deputado eleito pelo Partido Comunista Português, intervindo no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no debate sobre o «Estado da União».

Na sessão do Parlamento Europeu sobre o «Estado da União», que decorreu em Estrasburgo, no dia 17, o deputado João Pimenta Lopes, do PCP, fez um balanço muito crítico da União Europeia (UE).

Face à pandemia, «temos uma UE obstinada na defesa dos interesses das multinacionais farmacêuticas, incluindo a oposição ao levantamento de patentes», lembrou.

Quanto à mobilização de fundos comunitários, realçou que só agora foi iniciada e de forma condicionada, «subordinada às prioridades definidas pela UE e não partindo das realidades e problemas que cada país enfrenta, não visando a superação de défices de países como Portugal».

Sobre a reposição dos constrangimentos draconianos do Pacto de Estabilidade, o deputado comunista considerou que se trata do «regresso à “ditadura do défice” que tem promovido a degradação dos serviços públicos, nomeadamente na Saúde». E reafirmou que o que se impõe «é a definitiva revogação deste Pacto».

Evocou a cimeira social que confirmou a «intenção de prosseguir a convergência no retrocesso em importantes áreas».

Denunciou que, a pretexto da transição «verde», seja promovida a desindustrialização de alguns países, com o consequente desemprego e o aumento da sua dependência.

Rejeitou uma Política Agrícola Comum (PAC) «que mantém uma repartição injusta e que promove a concentração da produção».

E enfatizou que, estas, como outras, «são políticas que não servem os povos, nomeadamente o povo português».