O legado de José Augusto-França

Uma vasta obra que cobre praticamente todos os géneros, do ensaio à ficção, eis o que nos deixa o historiador, sociólogo e escritor José-Augusto França, falecido no dia 18, aos 98 anos, em França.

Referência maior da cultura e da História da Arte portuguesa dos séculos XIX-XX, destacou-se também no ensino, criando os primeiros mestrados na área da História da Arte no País.

Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, bolseiro do Estado francês em finais da década de 50, foi considerado responsável pelo estabelecimento de um cânone na historiografia da arte do século XIX e XX, de que são marcos «A Arte em Portugal no Século XX», «O Retrato na Arte Portuguesa» e o 3.º volume do "Dicionário da Pintura Universal", inteiramente dedicado à «Pintura Portuguesa», que coordenou com Mário Chicó e Armando Vieira Santos, a sua obra estende-se por mais de meia centena de títulos e décadas de trabalho e de investigação.

José-Augusto França, que nasceu em Tomar, escreveu igualmente monografias sobre artistas como Amadeo de Souza-Cardoso e Almada Negreiros, Rafael Bordalo Pinheiro, António Carneiro, Columbano, José Malhoa, António Pedro.



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