O assinalável êxito da Festa do Avante!, para lá da sua dimensão política e cultural, foi também um importante momento na luta presente em defesa dos valores de Abril, da exigência de ruptura com a política de direita e da afirmação de uma política alternativa, patriótica e de esquerda.
Obra ímpar de todo o colectivo partidário, a Festa do Avante! constitui um traço distintivo do PCP em relação a todos os outros partidos políticos. Para nós, comunistas, mas também para todos quantos visitaram a Festa do Avante! e aspiram a um Portugal desenvolvido, soberano, mais justo, mais fraterno, este foi um momento para acumular forças para as muitas e exigentes batalhas que temos pela frente, designadamente as que dizem respeito às eleições para as autarquias locais, para as quais é necessário um esforço acrescido a par do trabalho militante para as múltiplas tarefas do dia-a-dia.
A CDU avança
Nestes últimos dias, tem sido notório o grande empenhamento e a forma abnegada, séria, comprometida com os interesses das populações e dos trabalhadores, como os activistas da CDU – membros do PCP, do PEV, da ID e tantos e tantos outros independentes, sem qualquer filiação partidária – têm desenvolvido a campanha eleitoral.
Seja pela realização de múltiplas iniciativas, seja através do contacto directo, seja até pela distribuição de documentos, a preocupação com a prestação de contas dos seus eleitos, as propostas para o mandato que se segue, o compromisso de um exercício do poder norteado pela defesa dos interesses dos trabalhadores e das populações e a prática, comprovada, de uma gestão amplamente participada, aberta, democrática, assente no trabalho, na honestidade e na competência, fazem deste projecto uma marca distintiva do PCP e da CDU.
Com o aproximar do final de mais um mandato, é com legítimo orgulho que os eleitos da CDU, olhando para o imenso trabalho realizado, podem afirmar que fizeram o que se impunha fazer em defesa das populações, dos trabalhadores, do Poder Local Democrático.
Contrariamente a outros, estivemos e estamos lá, identificando e resolvendo problemas, definindo respostas, encontrando soluções, assumindo responsabilidades, substituindo-nos até, em muitas circunstâncias, na resposta que cabia e cabe ao Governo e à administração central dar.
Fizemo-lo não porque daí queiramos extrair ganhos eleitorais. Fizemo-lo, e continuaremos a fazê-lo, movidos pelo nosso objectivo de sempre, de atender a problemas e procurar soluções, norteados pelo que de mais nobre a política tem, pelo nosso compromisso de sempre com o povo, os trabalhadores e o País. Fizemo-lo, e continuaremos a fazê-lo, com a forte convicção de que estamos a contruir o futuro.
A resposta aos graves problemas com que o País se defronta não se faz insistindo em velhas e estafadas receitas. Não se faz insistindo nos que, como o PS, na sua matriz nada mudaram, nem nos que, como o PSD e CDS e seus sucedâneos, aspiram pelo regresso a um passado que o povo condenou. Portugal precisa de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, e para isso precisa do reforço do PCP e da CDU.
Esclarecer, mobilizar, convencer
No próximo dia 26 de Setembro, a questão que se coloca é a de escolher entre quem de uma forma coerente e comprometida com os interesses locais e nacionais, dos trabalhadores e das populações, não se submete a imposições externas e não aceita assistir à destruição das suas vidas, da sua freguesia, do seu concelho, do seu País, e quem promove e pratica uma política de agravamento das condições de trabalho e de vida da imensa maioria dos portugueses, que abdica dos interesses locais, da soberania e independência nacionais – submetendo-as aos interesses do grande capital nacional e internacional –, impedindo e limitando o desenvolvimento local e nacional.
A escolha é clara. Torná-la óbvia para os trabalhadores e para as populações é a tarefa que se coloca a todos nós. Está nas nossas mãos, na nossa acção colectiva e individual, construir uma imensa corrente de mobilização para o voto na CDU e mostrar que está nas mãos dos trabalhadores e das populações afirmar o Poder Local Democrático e abrir a possibilidade de concretizar o Portugal desenvolvido e soberano a que temos direito, dando mais força à CDU.
Até 26 de Setembro, esclarecer, mobilizar e convencer!