As forças militares dos Estados Unidos da América no território da Síria pretendem formar outra milícia na região de al-Jazira, no nordeste do país árabe.

A nova formação terá o nome de «Liwa al-Fazaa» (Brigada de Assistência) e a sua tarefa será controlar as fronteiras sírio-iraquianas. A força incluirá 1800 homens armados, a maioria dos quais integrantes das tribos árabes da zona fronteiriça.

Em Julho, as tropas norte-americanas criaram o chamado «Exército de Clãs», que opera sob o seu comando, numa tentativa de diminuir a indignação tribal face à sua presença.

De acordo com activistas sírios, os altos soldos pagos levam jovens a filiar-se nessas milícias, no meio de uma difícil situação económica que enfrentam as populações locais, por responsabilidade dos EUA que impõem um bloqueio asfixiante à Síria e, além disso, roubam trigo e petróleo deste país.

Damasco considera a medida de criar forças mercenárias como uma tentativa de dividir demograficamente a região, já que instrutores norte-americanos prometeram que a componente do designado «Exército de Clãs» será exclusivamente árabe, diferentemente das chamadas Forças Democráticas da Síria, de maioria curda, que o Pentágono financia, arma e treina desde 2012.

Os EUA mantêm ilegalmente pelo menos 10 bases militares na região norte-oriental síria de al-Jazira, e uma base na zona de Tanef, fronteiriça com o Iraque e a Jordânia.