Até ao dia 26 de Setembro, «trata-se de de garantir a vitória da CDU, de retomar e dinamizar o trabalho que responde aos interesses e aspirações da população», de «assegurar que o notável trabalho da CDU impulsione novamente Almada para o futuro». Este foi o desafio deixado por Jerónimo de Sousa na noite de sábado, 28, na Praça São João Batista, em Almada, onde a CDU apresentou as listas completas à Assembleia (AM) e Câmara (CM) Municipais.

O período de intervenções políticas foi antecedido pelos Toca A Rufar e o Grupo Coral Amigos do Alentejo. E o carácter popular, genuíno, desapegado de interesses pessoais e capaz de mover poderosos obstáculos e contrariar preconceitos, que primeiro se expressou pela música, prosseguiu nas intervenções de Eva Borges, mandatária da candidatura da CDU, e Bruno Dias, primeiro candidato à AM.

Eva Borges manifestou-se orgulhosa na obra de comunistas e ecologistas ao longo de mais de 40 anos em Almada e desmontou a ideia-feita de que os jovens não querem saber de política. Bruno Dias, por seu lado, sublinhou a construção de um concelho a pulso, salientou a ligação ímpar do PCP a Almada e ao seu povo, a conduta diferenciada no exercício de cargos políticos, dando nota do crescente apoio e entusiasmo em torno das candidaturas da CDU.

A vitória da CDU em Almada foi reclamada, igualmente, por Maria das Dores Meira, candidata à presidência da CM. Chamada, como os demais oradores, por Fernando Jorge e Joana Figueira, a autarca, que reside há mais de 50 anos na cidade, considerou o regresso da CDU à gestão municipal e das freguesias uma necessidade, dada a estagnação que o PS promoveu nos últimos quatro anos.

Maria das Dores Meira realçou também que a CDU já ouviu mais de 300 instituições, associações e colectividades, tem um programa e projectos sólidos, bem como candidaturas sem paralelo para o município e as freguesias, cuja competência e amor a Almada destoam das apresentadas pelas demais forças políticas.

A acusação de que a CDU nada fez em Almada ao longo de mais de 40 anos foi criticada por Maria das Dores Meira nos mais fortes termos, qualificando-a mesmo como «um insulto à inteligência dos almadenses».

«A CDU tem provas dadas, tem um projecto para o concelho, é garantia acrescida de defesa dos interesses da população», insistiu, por isso, o Secretário-geral do Partido no encerramento da iniciativa.

Mas, advertiu, «a vitória da CDU exige um grande trabalho de esclarecimento e mobilização», designadamente perante a «acção manipuladora e falsificadora de outras forças políticas», acrescentou, antes de concluir que «a candidatura da CDU é a da convergência de todos aqueles que, independentemente da sua opção partidária, querem a protecção e o desenvolvimento do concelho e a melhoria da qualidade de vida da sua população».