Jorge Machado, primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, contactou, no dia 2 de Julho, com trabalhadores de diversos sectores de actividade do concelho.
Baixos salários, precariedade, despedimentos, horários desregulados, salários em atraso, não cumprimento de estatuto para trabalhadores-estudantes, não pagamento de horas extra, falsos contratos e falsos estágios, teletrabalho e isolamento, são estes alguns dos problemas comuns com que os trabalhadores da Póvoa de Varzim se vêem confrontados.
Dos vários trabalhadores presentes na reunião com a CDU, os baixos salários eram a regra e nenhum destes tinha um horário de trabalho que lhe permitisse ter o fim-de-semana com folga fixa, e muitas vezes com recurso a horas extraordinárias. Esta situação mostra bem a dificuldade com que os trabalhadores têm, nomeadamente os mais jovens, em ter uma vida que permita a sua emancipação.
Num tempo em que a COVID-19 é um dos pretextos para o aumento da exploração, está à vista o resultado das políticas que PS, PSD e CDS, bem como os seus sucedâneos do Chega e Iniciativa Liberal, defendem para os trabalhadores. Recorde-se que foram recentemente rejeitadas, por estes partidos, propostas do PCP para a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, a devolução dos 25 dias de férias sem contrapartidas, bem como elementos para dificultar os despedimentos e os despedimentos colectivos.
Como salientou Jorge Machado, só com a organização dos trabalhadores nos seus sindicatos de classe da CGTP-IN é que é possível lutar para conseguir melhores salários e direitos, nomeadamente o aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros e o aumento geral dos salários. O candidato lembrou ainda o exemplo dos trabalhadores das autarquias que, com a persistência do PCP e da sua luta de mais de 20 anos, alcançaram o pagamento do Suplemento de Insalubridade e Penosidade.
Covilhã
No dia 5 de Julho, a CDU contactou com os trabalhadores dos Serviços Operativos Municipais e da Água da Covilhã, iniciativa que se repetirá e alargará a todo o universo municipal. No final ficou a mensagem e o apelo: «Para que os trabalhadores tenham mais força é preciso que a CDU tenha mais força!».